Bolsonaro dá marcha ré em pronunciamento, mas age como tiozão birrento do churrasco

Leia no Blog do Rovai: "A cara de bunda de hoje de Bolsonaro revelava muito disso. Que ele está começando a perceber que errou feio e que está desmoralizado. Mas mesmo assim vai tentar se manter fiel à sua arrogância e ignorância"

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Bolsonaro sentiu o golpe do isolamento político. Seu olhar cabisbaixo e fala mansa do pronunciamento de agora há pouco revelam isso. Mas, mesmo assim, o presidente agiu como o tiozão birrento do churrasco, que ao ser desmoralizado na sua tese faz meia-volta, mas não admite que errou. E continua fazendo de conta que sempre falou a verdade.

Bolsonaro, tentando resgatar o passado de votos, invocou todos os setores que o apoiaram nas eleições, os tais descamisados da época do Collor, pra dizer que tudo que está fazendo é em defesa deles.

Foi um “não me deixem só”, parte 2.

E para se justificar perante esses setores que ele vem negando apoio assumiu, entre outras coisas, a paternidade da ajuda de 600 reais por pessoa aprovada pelo Congresso e defendida pela oposição.

Bolsonaro fez de conta que foi algo “determinado” por ele a Paulo Guedes.

Mas não foi só aí que ele mentiu.

A mais descarada das mentiras foi o uso de frases soltas do diretor da OMS, Tedros Adhanom, como se ele defendesse que os trabalhadores informais trabalhassem em meio a pandemia do coronavírus

O típico tiozão do churrasco.

Aquele chato espalha rodinhas, que nunca erra, que sempre tem razão e que fica completamente isolado nas festas porque mesmo os que o achavam engraçado hoje já não o suportam mais.

A cara de bunda de hoje de Bolsonaro revelava muito disso. Que ele está começando a perceber que errou feio e que está desmoralizado. Mas mesmo assim vai tentar se manter fiel à sua arrogância e ignorância. Não tem como dar certo. Mas pode ainda demorar um pouco.