Censura a Miriam Leitão é ação da Ku Klux Klan ideológica tupiniquim

O ataque às liberdades no Brasil é algo seríssimo. E se pode perceber isso quando alguém das elites, como Miriam Leitão, é interditada na exposição de suas ideias.

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Miriam Leitão foi desconvidada a falar na Feira Literária de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, junto com o sociólogo Sérgio Abranches. O que mais espanta é que Miriam Leitão é uma liberal de direita. Abranches no máximo de centro. O coordenador geral da feira, João Chiodini, disse que a decisão de desconvidar a jornalista e o sociólogo foi tomada "com vergonha", mas "para garantir a segurança dos convidados". Ah, então tá. Somos todos idiotas. Segurança se garante com seguranças. Chiodini se rendeu à pressão da elite fascista local. Dos canalhas que se organizam em associações do tipo Ku Klux Klan ideológicas. E que não querem que nada além do que pensam seja debatido. Os organizadores não se encontraram seguros para um confronto com essa turma. Preferiram se colocar de joelhos. Porque dependem deles pra tudo. Esses grupos elitistas, fascistas, racistas e outros istas estão espalhados em lojas da maçonaria, associações de ruralistas, conselhos de pastores evangélicos, associações comerciais e industriais, Rotarys, Lions etc. Eles são um poder local articulado pela grana e pela força. E que agora estão liberados para se armar. Aliás, Leitão foi uma das vozes que "armou" essa gente com seus ataques preconceituosos a quem defendia projetos sociais e solidariedade no Brasil. Mas não é por isso que ela merece ser censurada. O ataque às liberdades no Brasil é algo seríssimo. E se pode perceber isso quando alguém das elites, como Miriam Leitão, é interditada na exposição de suas ideias. Não será uma luta simples. A censura ganhou força a partir da ação dessas gangues. E derrotá-los não será uma tarefa para poucos. Miriam Leitão e Sérgio Abranches têm minha solidariedade. E que isso tenha servido para que percebam o tamanho do monstro.