Qual é o cidadão mais poderoso do planeta? Qual tem as condições para fazer o tratamento mais avançado em relação a qualquer doença? Qual pode investir o que for necessário para salvar a própria vida?
Donald Trump, evidentemente.
Exatamente ele, o presidente da maior potência do mundo, se encontra num hospital militar infectado por Covid-19 e com um diagnóstico que exige muitos cuidados.
Trump que, como seu fantoche tupiniquim, divulgava a cloroquina como o milagre químico para a doença, agora se trata com um coquetel de medicamentos que não inclui o remédio.
Trump que fazia comícios sem máscaras e com grandes aglomerações de abestados também sem máscaras, agora corre risco de vida exatamente por ter contraído o coronavírus.
Tudo isso por si só já renderia um roteiro de uma série eletrizante, onde o presidente da maior potência do mundo estaria sendo monitorado por uma imensa junta de médicos enquanto disputa a sua reeleição.
Mas e se Trump morrer?
Essa é a pergunta que milhões de pessoas devem estar se fazendo tanto nos EUA quanto em outras partes do planeta.
Antes de buscar entender o que pode acontecer com o mundo, vamos voltar uma casa e buscar responder àqueles que acham que o presidente americano pode estar fazendo jogo de cena e que na verdade ele não tem o coronavírus. Que inventou essa história pra se vitimizar e se esconder de futuros debates.
Bobagem sem fim.
No debate com Joe Biden o atual presidente ficou se gabando da sua saúde e por várias vezes tentou descredibilizar seu oponente exatamente nesse aspecto.
Ao mesmo tempo disse que o coronavírus já era coisa do passado e que a vacina seria lançada ainda em novembro.
Depois de dizer tudo isso, ter contraído a doença é como fazer um gol contra de bicicleta. Um gol pra encerrar a carreira.
E é isso que pode estar em jogo.
Afinal, neste domingo o calendário marca 4 de outubro. A eleição americana é no dia 3 de novembro. Faltam apenas 29 dias para a eleição e nas pesquisas Trump tem aproximadamente 7% de desvantagem em relação a Biden. Sendo que nos estados decisivos para a contagem de delegados está atrás em sua imensa maioria. A Flórida, onde está em empate técnico, é que lhe deixa ainda um fio de esperança para reverter o jogo.
Mesmo que a doença não lhe tire a vida ou lhe debilite muito, sua recuperação se vier a ser rápida, deve lhe devolver à campanha lá pelo dia 20 de outubro. Quanto faltarão apenas duas semanas para a votação.
Para um candidato que tem negado os efeitos do coronavírus, ter de ficar sem fazer campanha na reta final, esse é o pior cenário. Ou seja, não existe qualquer vantagem para que Trump inventasse uma situação dessas. Por isso, essa teoria da conspiração só é uma teoria tresloucada. Como muitas que florejam na internet.
Mas e se Trump morrer?
Isso não é uma teoria da conspiração e muito menos um desejo. Mas uma das possibilidades colocadas para uma pessoa de 74 anos, obesa e com algumas comorbidades conhecidas.
Se isso acontecer, o planeta tende a virar de ponta cabeça e tudo pode ocorrer tanto em relação à forma como estamos lidando até agora com o coronavírus quanto com a própria eleição dos EUA. A heroificação de Trump pode fazer com que Mike Pence, que provavelmente seria seu substituto, ganhasse muitos eleitores e se se tornasse seu sucessor embalado numa campanha apenas emocional.
Desde Robert Kennedy que um presidente americano não morre no exercício do cargo. E quando isso ocorreu o mundo parou. E o morto se tornou um magnânimo herói.
Mesmo com todas as circunstâncias diferentes, isso também pode acontecer em relação a Trump. Por isso, nada melhor para o mundo e para aqueles que lhe são opositores, que o coronavírus perca essa guerra contra os antivírus do presidente americano. E que ele possa voltar à disputa contra Biden nos próximos dias.
Porque se Trump morrer o Sobrenatural de Almeida pode entrar em campo. Sem isso, o presidente americano caminha para uma derrota quase inevitável em 3 de novembro. Uma derrota que pode ter resultados ainda mais largos do que os analistas projetam hoje.
Que Trump continue vivo, para assistir ao seu enterro político.