O Brasil está na fila da América Latina rebelde

Há muita gente fazendo discursos na linha de que aqui é o túmulo do samba (ops, samba não, dos movimentos). Não é verdade. Aqui vivemos uma imensa ilusão com a eleição de Bolsonaro que já começa a refluir. E que pode virar poeira antes do que muita gente imagina. 

Foto: Susana Hidalgo
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O que aconteceu no Chile ontem é algo tão extraordinário que é difícil de encontrar um adjetivo para definir. Santiago tem 5,6 milhões de habitantes. Os cálculos que as fotos insistem em confirmar é que havia mais de 1 milhão de pessoas no protesto contra o governo Piñera. E a favor de direitos e mais Estado. Ao fim e ao cabo, de uma nova Constituição. E o mais impressionante é que o Chile não está sozinho. O Equador teve grandes protestos. Evo se reelegeu no primeiro turno e conseguiu colocar nas ruas muita gente para defender sua vitória que era contestada pela direita. Amanhã tem eleição na Argentina e no Uruguai e as previsões são boas para os candidatos mais à esquerda. Ou seja, aquele pendulo que parecia ter ido para a direita no continente, voltou rapidinho. E o Brasil? Há muita gente fazendo discursos na linha de que aqui é o túmulo do samba (ops, samba não, dos movimentos). Não é verdade. Aqui vivemos uma imensa ilusão com a eleição de Bolsonaro que já começa a refluir. E que pode virar poeira antes do que muita gente imagina. Não vai ser amanhã, nem a semana que vem, mas o Brasil está na fila. Assista ao vídeo em que trato desta questão e está aí embaixo.   https://youtu.be/OvahdFOH5DM