O sim de Tatto para as primárias em São Paulo não pode passar batido

Se as primárias vierem a acontecer em São Paulo, essa ideia se espalhará pelo Brasil.

Guilherme Boulos, Jilmar Tatto e Orlando Silva, pré-candidatos em São Paulo pela esquerda (Foto: montagem/divulgação)
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O pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, Jilmar Tatto, foi categórico ao ser indagado por este blogueiro se aceitava uma primária para definir o candidato do campo da esquerda nestas eleições municipais. Disse topo três vezes.

Tatto abre com esse seu gesto uma nova avenida para o debate político nacional. Se as primárias vierem a acontecer em São Paulo, essa ideia se espalhará pelo Brasil incendiando o debate sobre como enfrentar o projeto autoritário e fascista como rastilho de pólvora.

O blog apurou conversando com militantes do PSOL e do PCdoB que o topo de Tatto foi debatido em grupos desses partidos e que em nenhum dos dois houve rejeição imediata à ideia. Muito pelo contrário.

Nos grupos do PT também não se estabeleceu qualquer crise com a declaração de Tatto. Entre outras declarações de apoio à tese, o vereador Eduardo Suplicy teria publicado um texto se colocando à disposição para articular o processo das primárias.

Passa por Lula

Há uma avaliação meio consensual entre os dirigentes dos partidos com quem este blogueiro conversou na condição de off durante o dia de ontem. Todos dizem que um processo dessa magnitude só acontecerá se Lula se envolver pessoalmente. Só ele teria condições de convidar os pré-candidatos dos partidos de esquerda em São Paulo (Tatto, Orlando e Boulos) para acertar uma proposta que viabilizasse uma eleição primária pra definir o nome do cabeça de chapa para enfrentar o projeto Bolsodoria em São Paulo.

Procurados pelo blogueiro, tanto Guilherme Boulos quanto Orlando Silva disseram que teriam que debater internamente a questão, mas não rechaçaram a ideia de imediato.

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