Por mais um domingo o presidente Jair Bolsonaro agitou atos em frente ao Palácio do Planalto. Eram uns 200 gatos pingados fazendo gestos de guerra, enrolados em bandeiras do Brasil e desfilando com bandeiras dos EUA e Israel. Uma parte deles estaria acampada em barracas compradas (ou doadas?) da Havan. Porque todas são absolutamente iguais e tais modelos podem ser encontrados na loja que se pinta de verde e amarelo.
Algumas pessoas ficaram impactadas com as cenas de ontem, que já vêm se repetindo a vários domingos. Algumas chegaram ao ponto de avaliar o episódio como demonstração de força.
Muito pelo contrário.
Todos os indícios são de que bateu o “modo desespero” no bolsonarismo. Claramente a base do presidente ruiu com a saída de Moro e Mandetta. E caminha para se reduzir a algo como 15% a 20% do eleitorado.
Sua rejeição (soma de ruim e péssimo) já bate em quase 50% nas últimas pesquisas. E caminha para se tornar ainda mais massacrante.
Por outro lado, sua base política está ficando reduzida ao centrão mais canalha. Aquele que vive de abocanhar cargos e que nunca se contenta com o que tem.
E os militares já começam a conversar sobre como bater em retirada dessa armadilha, mas ao mesmo tempo ficar no governo.
É a solução Mourão que cresce.
É a poupança que foi feita lá atrás pelos milicos na convenção do PSL que não ratificou Janaina Paschoal que começa a entrar em jogo.
Bolsonaro não cairá com grandes marchas de rua, mas num acordo nacional que ainda não está dado, mas que já começa a ser alinhavado.
Assista ao comentário neste Fala, Rovai.
https://youtu.be/F8wNqYapNfQ