Coronavírus: quem está ganhando com a simulação de pandemia?

Leia no blog Cinegonse: Para o professor Economia da Universidade de Ottawa, Michel Chossudovsky, há evidências de que a ameaça da pandemia do coronavírus é falsa

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“Não é motivo para pânico”, afirma a infectologista, enquanto o efeito de cenário virtual mostra dois gigantescos modelos 3D do novo coronavírus girando no estúdio, como se ameaçassem jornalista e entrevistados. Esse flagrante no "Fantástico", da Globo, é o padrão recorrente da atual cobertura da ameaça de pandemia: a presunção da catástrofe induzida por uma narrativa ambígua que gera confusão e medo. Igual às chamadas “fake news”, o álibi da grande mídia para se livrar de qualquer suspeita.  Por que essa ambiguidade deliberada? Quem está ganhando? Talvez a resposta esteja lá em outubro de 2019, no “Event 201 - A  Global Pandemic Exercise”, realizado no Johns Hopkins Center for Health Security, Baltimore. Dois meses antes da atual crise, o evento realizou uma simulação cuidadosamente projetada de uma possível epidemia de coronavírus, então chamado de “nCoV-2019” – muito próximo do acrônimo atual. Seguindo o mesmo “modus operandi” dos supostos atentados terroristas na Europa e EUA dos últimos anos, sempre antecipados por exercícios de simulação.

O grande álibi do jornalismo é a notícia. A descrição que ele faz de si mesmo é a de um vigilante da verdade, das informações fidedignas que só fortaleceriam os valores democráticos, da liberdade e da cidadania. Como mais um produto à venda no mercado, esse é o rótulo estampado em cada notícia colocada na vitrine das primeiras páginas e escaladas dos telejornais.

Mas há muito mais por trás desse álibi-rótulo: a notícia é resultante de um grande volume de dados por meio de diversos processos: classificar, priorizar, hierarquizar, incluir, excluir, adaptar, expor etc. São processos tecnicamente chamados de edição. Mas o trabalho também consiste na transliteração: adequação da linguagem para que o leitor/espectador leigo compreenda assuntos complexos em termos simples. É aqui que a notícia passa do campo da informação para o da percepção. Do campo da linguística para o campo semiótico.

Disso decorre o seguinte: se há edição, há uma intencionalidade. Combinada com uma determinada retórica ou estética da notícia, temos, portanto, uma bomba semiótica – a arbitrária moldagem da percepção do público no sentido daquilo que interessa o chamado “aquário” das redações num movimento de correia de transmissão com os interesses corporativos, políticos e econômicos.

Isso cria situações contraditórias, ambíguas: muitas vezes o rótulo diz uma coisa e a estética da edição diz outra. O que resulta numa outra questão: qual é a intencionalidade? Ou tudo é apenas o resultado dessa contradição inerente à produção de notícias? A atual cobertura extensiva da grande mídia sobre a ameaça de uma pandemia do novo coronavírus vem revelando essa ambiguidade que transformam as notícias em verdadeiras bombas semióticas: a retórica e estética moldam a percepção das notícias, muitas vezes num sentido contrário do que elas pretendem informar.

"Não há motivo para pânico!"

Se não, vejamos. Como não poderia deixar de ser, a última edição do "Fantástico", da Globo (01/03/2020), deu destaque ao novo coronavírus. Dois infectologistas foram recebidos no estúdio do programa para serem entrevistados pela jornalista Sonia Bridi. 

“Não é motivo para pânico”, diz logo de cara a infectologista Mirian Dalben, do Hospital Sírio Libanês. Esse era o tom da entrevista: não confiar nas fake news que só produzem pânico e confusão. Mas... espere um momento! O que são aquelas duas estruturas 3D gigantescas num tosco cenário virtual girando no estúdio, inseridas ameaçadoramente entre a jornalista e os entrevistados? Algo parecido com aqueles assustadores monstros disformes dos filmes de terror sci-fi B japoneses e americanos dos anos 1950 – “A Bolha Assassina”, o "Monstro da Bomba H” etc.

A notícia é: não vamos entrar em pânico, isso é tudo fake news! Mas a transliteração da notícia cria outra percepção: a da assustadora ameaça de duas gigantescas estruturas 3D que emulam o coronavírus, girando dentro do estúdio... Onde estão as fake news? Ou ainda no infográfico do telejornal Bom Dia Brasil (04/03/2020) da mesma emissora, no qual mostra os 29 países monitorados pelo Ministério da Saúde e, mais uma vez, com um modelo 3D gigantesco do COVID-19, como se ameaçasse o mapa-múndi ao seu lado.

Em seguida, mais advertências contra as fake news, que apenas criariam “pânico e confusão”. Em toda a cobertura da grande mídia parece haver uma ambiguidade intencional para criar um rendimento semiótico bem definido: medo e insegurança. Camadas de retórica visual embrulham a notícia, colocando a informação no campo das bombas semióticas: a intencionalidade não é informar, mas moldar a percepção a partir da contradição entre forma e conteúdo, notícia e estética, informação e percepção.

Daí a insistente necessidade da grande mídia diferenciar o produto do jornalismo corporativo das fake news: criar um suposto selo de qualidade, porque, no final, elas não são lá muito diferentes das notícias falsas, com seus cenários virtuais e infográficos deliberadamente toscos.

Pandemia falsa?

Portanto, qual é a intencionalidade por trás dessas bombas semióticas? Por que esse sensacionalismo ambíguo da grande mídia na cobertura do COVID-19? Para o professor emérito de Economia da Universidade de Ottawa (e fundador e diretor do Centro de Pesquisas sobre Globalização – CRG), Michel Chossudovsky, há uma série de evidências de que a ameaça da pandemia do coronavírus é falsa, com um objetivo bem definido: desestabilização econômico, social e geopolítica global.

Na superfície, deliberada campanha contra a China para criar uma onda de sentimentos racistas contra a etnia chinesa (e mesmo oriental, como demonstram notícias sobre atos racistas contra coreanos em Londres).

Mas para Chossudovsky, essa é apenas a superfície da questão – alimentar o preconceito é a motivação da psicologia de massas para legitimar outras agendas: a financeira e a geopolítica.Em seu artigo “COVID-19: A Fake Pandemic? Who’s Behind It? Global Economic, Social and Geopolitical Desastabilization” (clique aqui), Chossudovsky começa “triturando” os números: A população mundial é da ordem de 7,8 bilhões. A população da China é da ordem de 1,4 bilhões.A população mundial menos a China é da ordem de 6,4 bilhões. 4.691 casos confirmados e 67 mortes relatadas (fora da China) de uma população de 6,4 bilhões não constituem uma pandemia. 4691/6.400.000.000 = 0,00000073 = 0,000073%64 casos nos EUA, com uma população de aproximadamente 330 milhões, não são uma pandemia. (Dados de 28 de fevereiro): 64 / 330.000.000 = 0,00000019 = 0,000019%.

Segundo o pesquisador, enquanto isso os mais recentes dados da vigilância do "Fluview" dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA relatam que em 18 de janeiro de 2020 houve 15 milhões de casos de gripe, 140 mil hospitalizações e 8.200 mortes nessa temporada do influenza. 

“Cerca de 84 mil pessoas em pelo menos 56 países foram infectadas e cerca de 2.900 morreram", diz o New York Times. Mas o que não é mencionado é que 98% desses casos de infecção estão na China Continental. Existem menos de 5 mil casos confirmados fora da China. (OMS, 28 de fevereiro de 2020).

Michel Chossudovsky

Por que a propaganda?

“Então, por que a propaganda?”, pergunta-se o autor. Haveria uma “outra dimensão” nessa desinformação da grande mídia.

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*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum

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