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Mais uma vez o governo de Vichy (deixo as referências para os historiadores) está em pânico. E mais uma vez a eterna vereadora Marielle Franco está de forma póstuma envolvida no alvoroço no Planalto.
A declaração do presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira (13) passou quase que despercebida pela imprensa brasileira.
Mesmo sem qualquer questionamento, o presidente saiu alardeando aos quatro cantos que estariam armando algo contra ele no caso Marielle.
Apontei também neste blog que a imprensa deixou de fazer uma pergunta importante: quem está vazando informações do caso para o presidente?
Afinal de contas, o presidente pareceu estar muito convicto do que afirmava. Poucos fizeram esta pergunta. Até onde eu vi, apenas eu e dois jornalistas foram na direção correta: Josias de Souza e George Marques.
Um câncer?
Desde ontem uma outra dúvida não me sai da cabeça: com que propósito Bolsonaro alardeou na imprensa um possível câncer de pele? E qual o motivo dessa mentira que aparentemente não teria propósito algum até então?
Gerar comoção? Criar um clima igual o da facada para se esquivar de questionamentos da suposta “bomba” que estaria por vir? Não faz sentido.
Foi outra situação que passou batida pela imprensa. Bolsonaro não é o ser mais inteligível no Planalto, mas quem o cerca é.
Nos grupos e círculos bolsonaristas, as falas do deputado Otoni de Paula Júnior reverberam aos 4 cantos. Segundo as redes de extrema direita, há uma conspiração do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que em breve irá envolver ainda mais a família presidencial no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Segundo eles, a revelação bombástica seria divulgada entre a noite deste domingo e a próxima quarta-feira, e envolveria mensagens e áudios entre milicianos.
O caso é alardeado inclusive pelo porta voz da “imprensa” bolsonarista, o portal Terça livre (por motivos óbvios não colocarei links).
[caption id="attachment_198988" align="aligncenter" width="411"] Reprodução[/caption]
Tudo isto somado ao comportamento estranho do governo, que no final de novembro não perdeu tempo em fazer ameaças e lançar bravatas contra possíveis manifestações da oposição que, para membros do núcleo bolsonarista, poderiam explodir em breve.
As ruas estavam calmas, mas o governo não. Repito a pergunta que fiz no final de novembro: o que está ou estava apavorando o governo naquela ocasião?
Seria a onda do #tictac voltando?
É uma situação complicada, não farei mais especulações. Também não ficarei fazendo acusações. Mas dado o histórico da família presidencial, presumo que seja uma situação complicada.
Vamos aguardar.