O Brasil e a mídia em 2020

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Texto publicado em: M&M Online

Por Sandra Silva
Publicado 18 de Agosto de 2008

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, abre 7º Congresso Brasileiro de Jornais (ANJ) com panorama do Brasil e da mídia em 2020

Na abertura do 7º Congresso Brasileiro de Jornais da Associação Nacional de Jornais (ANJ), no World Trade Center em São Paulo, o ministro Miguel Jorge, traça panorama do Brasil em 2020 - tema deste ano do congresso que reúne mais de 800 inscritos de todo o País - reforçando a força da indústria jornalística que cresce apoiada pela estabilidade e expansão econômica. "Poucos se atreveriam a prever o futuro nos próximos dois anos, numa época em que a velocidade das inovações na mídia é muito veloz. Em 2020 teremos 210 milhões de brasileiros, 10% da população terá mais de 65 anos e a parcela com menos de 14 anos será inferior a 25%.

Debates sobre a sustentabilidade da Previdência Social e a preocupação com o consumo de mídia da população mais velha serão bem atuais. A idade média da população será mais alta, subindo de 27 anos para 32 anos. E a perspectiva de vida vai aumentar de 72 anos para 76 anos. A projeção é que o Produto Interno Bruto (PIB) continue a crescer em média 3,4% ao ano. A renda per capita pode subir de R$ 13,5 mil para R$ 21 mil. Teremos menos pobres no Brasil. E acredito que a indústria jornalística será mais forte, melhor e mais completa se apropriando das novas mídias", afirma.

O futuro econômico projetado pelo ministro prevê ainda 15 milhões de novos empregos até 2020 num país com 90% de pessoas alfabetizadas e 50% mais de alunos nas universidades na comparação com 2008. "O eixo do crescimento econômico e populacional continuará a se deslocar dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento". Entre os setores de destaque na economia brasileira para os próximos anos estarão o petrolífero, portuário, de siderurgia, automotivo e construção civil. "Em 2020, a China será a maior economia do mundo". O único risco futuro para o Brasil seria a descontinuidade da estabilidade econômica em governos futuros.

Num futuro mais próximo, o ministro do Governo Lula, prevê que a inflação ficará dentro da meta estipulada de 4,5% a 5% em 2009 e o dólar entre R$ 1,60 e R$ 1,80, num ponto de equilíbrio que auxilie exportadores brasileiros.

Miguel Jorge afirma ainda que a reforma tributária deve ficar para 2009 enquanto outras reformas ficariam para os próximos governos. Atendendo a reivindicações do setor, o ministro abre espaço na agenda do ministério para discutir questões que afligem a indústria de jornais, como a carga tributária e papel imprensa.

Valorização do setor

Em seu discurso de abertura do congresso, o presidente da ANJ, Nelson Sirotsky (RBS), pediu aos associados mais filiações ao IVC (que mede a circulação de jornais em todo o País) e ao Projeto Intermeios, do Grupo M&M.

A indústria brasileira de jornais conta com mais de 3.000 títulos em todo o País, desse total, 500 diários. Os 137 associados da ANJ representam 90% da circulação nacional de jornais. "É pequeno o número de jornais filiados ao IVC. Apelo também para que cada vez mais os jornais se associem ao Projeto Intermeios. Somos uma indústria vigorosa e cheia de perspectivas com muitos desafios numa economia brasileira que se solidifica", afirma.

Ainda nesta segunda-feira (18), ocorre a posse na nova diretoria da ANJ para o biênio 2008-2010 sob presidência de Judith Britto (Folha de S.Paulo), no World Trade Center, onde acontece o congresso.

Fonte: http://www.mmonline.com.br/noticias.mm?url=O_Brasil_e_a_midia_em_2020