Bebê prematuro nasce com coronavírus e médicos veem "forte evidência" de contaminação intrauterina

Apesar de se cogitar a possibilidade de transmissão durante o parto, vestígios do coronavírus foram encontrados na placenta, sugerindo que a infecção pode ter ocorrido no útero, segundo os médicos

Mulher grávida em hospital no Texas (Reprodução)
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O nascimento de um bebê prematuro com coronavírus, às 34 semanas de gestação, no Texas, Estados Unidos, fez com que médicos emitissem um alerta para a "forte evidência" de contaminação intrauterirna, segundo estudo publicado no The Pediatric Infectious Disease Journal na sexta-feira (10).

O bebê - uma menina que, assim como a mãe teve a identidade preservada - nasceu saudável, mas foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva por causa do quadro de coronavírus da mãe. No dia seguinte, seu estado de saúde piorou. A menina começou a ter dificuldades para respirar e febre. Ela testou positivo para coronavírus, mas não chegou a precisar de ventilação mecânica.

Apesar de o estudo cogitar a possibilidade de transmissão durante o parto, vestígios do coronavírus foram encontrados na placenta, sugerindo que a infecção pode ter ocorrida no útero, segundo os médicos.

Desde o início da pandemia, a transmissão vertical é questionada. Com as novas descobertas, porém, cientistas dizem que a hipótese não pode ser descartada. "Nosso estudo é o primeiro a documentar a transmissão intrauterina da infecção durante a gravidez, com base em evidências imuno-histoquímicas e ultraestruturais da infecção por SARS-CoV-2 nas células fetais da placenta", diz ao Daily Mail a Dra. Amanda Evans, uma das autoras do estudo de caso do Centro Médico do Sudoeste da Universidade do Texas, em Dallas.

Mãe e filha tiveram alta após 21 dias de internação e já estão em casa, no Texas.