A laive do Moro

Moro foi um ministro leniente, conivente, inepto e inapto. Quanto ao humor, vimos o sacana dizer que deixava o desgoverno porque este pretendia interferir no trabalho da PF. Lembremos que Moro é aquele juiz que interrompeu as férias para interferir no trabalho de um colega, foi ele quem trouxe pra si um caso que fugia de suas competências e ganhou os holofotes com essa ilegalidade.

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Escrito en OPINIÃO el

a live mais comentada dessa quarentena sem dúvida é a do marreco de maringá.

sem cantar, sem dançar e sem contar piada, o galinha d’água desbancou sertanejos, humoristas e reboladoras.

e o segredo do sucesso é esse: entre quacks e quéns, o árbitro de pelada, bom de mídia, fez um mix das lives que bombaram nas redes, receita infalível de sucesso.

como aquela dupla sertaneja, em que um deles tava bebaço, moro desafinou, chorou dores de corno, acusou traição enquanto traía e apontou que o coração dele batia mais forte por outro, o delega.

e tal qual a dupla adolescente, anavitória, moro cobrou para fazer a live.

lembremos que, delatando a si mesmo, ele disse que havia combinado uma pensão $ com o homem do berrante caso ele decidisse deixar o desgoverno.

ora, moro fez a live justamente para dizer que estava a tirar o eu time de campo; olha as 95 lascas da anavitória aí.

quanto ao humor, vimos o sacana dizer que deixava o desgoverno porque este pretendia interferir no trabalho da PF.

só rindo.

lembremos que moro é aquele juiz que interrompeu as férias para interferir no trabalho de um colega, foi ele quem trouxe pra si um caso que fugia de suas competências e ganhou os holofotes com essa ilegalidade; ele mandou, ainda, um “teje preso” para um acusado que não se recusou a prestar depoimento, mandando buscar o homem em casa ainda com a grama mijada do orvalho da madrugada; foi esse mesmo moro cheio de moral que cometeu a imoralidade de vazar interceptações telefônicas ilegais para a midiazona e, segundo a vaza-jato, o sujeito também orientou os parça do ministério público na farsa contra o barba, ajudando a condenar o infeliz a um isolamento social que durou 600 dias.

na verdade, moro, por sua total incompetência e sabujice, saltou do posto poderoso de superministro para a lama rasa de um pato manco.

acuado, escondido, jogando na retranca, estava na humilhante condição de passador de pano do desgoverno, um faxineiro de terno e gravata.

nunca aquelas cascatas que vertem do palácio onde moro despachava foram tão adequadas como metáfora ao trabalho do seu inquilino.

moro foi um ministro leniente, conivente, inepto e inapto.

anão moral, omitiu-se quanto ao sumiço do queiróz, manteve-se silente em relação ao clangoroso escândalo das rachadinhas, fez-se de surdo quanto aos insultos proferidos contra o stf, de cego diante dos ataques criminosos de milícias digitais contra o legislativo, perdoou sem pestanejar o caixa dois do careca da casa civil, não deu um pio sobre o avião cheio de cocaína que voava com a comitiva presidencial, calou-se sobre as destrutivas fake news disparadas pelo gabinete do ódio e fugiu tanto do caso marielle que nem a minissérie da globo sobre a vereadora o cabra assistiu.

não se deixe enganar, ao contrário de mandetta, moro caiu pra baixo.

sem traquejo político, péssimo orador e rábula de carteirinha, moro pegará um resfriado ao primeiro sinal de sereno; portanto, é melhor ele ir tirando o cavalinho da chuva.

sem toga e sem caneta, moro é só mais um idiota subletrado de gravata borboleta.

mesmo que a mídia tente, e tentará, calçar nele umas happy socks e uns sapatênis, ele está acabado.

será massacrado nas redes pelas milícias digitais que deixou agir livremente.

ele, a esposa e os sócios serão triturados, linchados como judas em sábado de aleluia pelos criminosos destruidores de reputação.

poderá até cogitar ser vice de alguém, mas as eleições estão tão distantes…  até lá ele será um fósforo riscado.

uma coisa que ninguém viu, mas eu conto: enquanto moro encenava sua live, aqueles carpideiros de gana o aguardavam do lado de fora, sorridentes, para dançarem com seu caixão.

ao fim e ao cabo, depois de tanto rebolation, jogarão sua carcaça na grande lata de lixo da história.

palavra da salvação.

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