Os CRM mesmo com a Justiça em seu encalço boicotam o programa Mais Médicos: Médico palestino não consegue atender por falta de documentação

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O médico palestino da foto abaixo, formado em Cuba, que já socorreu vítimas do terremoto no Haiti, está sendo boicotado pelo CRM que embora seja obrigado pela Justiça a fornecer registro de trabalho aos contratados pelo Mais Médicos, faz corpo mole e não entrega a documentação.

Observem o consultório, novinho, assim ao menos em Esteio, RS, não se pode consideram o argumento dos contrários ao Mais Médicos de que falta estrutura. O que falta é vergonha na cara e o compromisso profissional com o juramento feito na formatura.

Palestino trabalhará pelo programa Mais Médicos Agencia Freelancer / Nabor Goulart

Médico palestino não consegue atender por falta de documentação

Em dois dias, Tareq Salem Mohammed Auiyada poderia ter realizado, ao menos, 30 consultas na cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul

FLÁVIO ILHA, O Globo 27/09/2013

PORTO ALEGRE – Uma semana depois de ter a autorização do Conselho Regional de Medicina (CRM) liberado para atender pacientes no Brasil, o médico palestino Tareq Salem Mohammed Auiyada ainda não conseguiu realizar uma consulta sequer na Unidade Básica de Saúde (UBS) Votorantim, na cidade de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Na quinta-feira, Tareq compareceu à unidade às 8h30, mas, por recomendação da Secretaria Municipal de Saúde, não atendeu pacientes. O médico não recebeu a cópia do documento que autoriza legalmente sua atuação no país, embora o ofício tenha sido emitido na última quinta-feira pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers).

O secretário de saúde de Esteio, Gerônimo Paludo, disse que, desde a última terça-feira, o Conselho promete entregar o CRM de Tareq, mas, até agora, não enviou o certificado. Sem o documento, o exercício da medicina é ilegal, mesmo que o profissional esteja vinculado ao programa Mais Médicos.

- Estamos reticentes (com o Cremers) porque tem faltado transparência. Desde o início da semana que a autorização está sendo prometida, mas, até agora, nada – reclamou Paludo.

O médico palestino está em Esteio desde domingo. Nesta quinta-feira, ele se apresentou no posto logo cedo, mas, por precaução, não teve contato – nem informal – com paciente algum para evitar “eventuais mal-entendidos” junto ao Cremers, segundo Paludo.

Em dois dias, ele poderia ter realizado, pelo menos, 30 atendimentos

Na quarta-feira, Tareq poderia ter realizado pelo menos oito consultas de acompanhamento ginecológico no turno da manhã. Ontem, mais 12 consultas de clínica geral e outras 10 pediátricas deixaram de ser feitas no posto por falta de profissional. A única médica generalista da unidade foi transferida para outro posto de saúde e atendeu apenas parcialmente a comunidade nesta semana.

A UBS Votorantim abrange cerca de 3,5 mil pessoas de três bairros da cidade. O médico palestino assinou seu contrato de trabalho no final de agosto e deve receber o primeiro salário, de R$ 10 mil, na semana que vem. Para se transferir, Tareq recebeu uma ajuda de custo de R$ 10 mil.

- Recebi orientação de não atender ninguém sem o CRM (autorização para atuar como médico) na mão, para não dar motivo a maldades. É uma forma de proteger o programa, que tem sido muito contestado – disse.

A UBS distribui, a cada sexta-feira, 20 fichas de consulta para a semana seguinte, mas a enfermeira Nelizabete Correa, que atua no posto, afirma que é normal a unidade receber muitos pacientes sem hora marcada. Segundo ela, a demanda do posto fica entre 20 e 30 atendimentos por dia. Além das consultas, Tareq precisará acompanhar os grupos de gestantes, hipertensos e diabéticos, além de visitar pacientes em casa e atender crianças.

Na primeira semana em Esteio, o médico apenas conheceu as instalações do posto e teve contato com colegas. Também passou por um curso de capacitação, ministrado pela prefeitura, sobre os testes rápidos de doenças sexualmente transmissíveis (HIV e sífilis) e hepatites, que são oferecidos na rede pública.

Tareq estudou em Cuba e atuou como voluntário após o terremoto no Haiti

Natural de Gaza, o médico viveu 12 anos em Cuba – onde estudou medicina – e atuou durante dois meses como voluntário no atendimento às vítimas do terremoto no Haiti, em 2008. Dois anos depois, se transferiu para a fronteira do Brasil com o Uruguai – no país vizinho, ele e a esposa Fernanda Lanes revalidaram os diplomas obtidos em Cuba e passaram a atender nas cidades de Rivera e Santana do Livramento.

Na UBS Votorantim, Tareq encontrou uma estrutura que considerou adequada. Além de um consultório equipado com maca, medicamentos e balança pediátrica, o local é limpo e conta com seis agentes de saúde da família.

- A experiência de atendimento comunitário que estou vendo aqui é muito semelhante à de Cuba, apenas com mais recursos. Ter o apoio de seis agentes de saúde é um luxo muito valioso que não tínhamos lá – comparou.

O Cremers voltou a informar ontem que não exige a posse da certificação para o exercício da profissão e nem para os registros do programa Mais Médicos. Segundo o presidente do órgão, Rogério Aguiar, basta ter o número do CRM para estar apto ao exercício profissional. Aguiar disse que todas as liberações vinculadas aos diplomas obtidos no exterior foram informadas imediatamente ao Ministério da Saúde, a quem cabe liberar os profissionais.

- Tanto os pedidos de registro quanto as liberações são centralizadas pela coordenação do programa Mais Médicos. O Conselho não tem nada a ver com isso. Nunca informamos e nem vamos informar nada às prefeituras – afirmou Aguiar.

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