Sobre a reação das mortadelas aos filés mignon, patos sem tucupi, odiojornalismo e ódio-ativismo nas redes

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O título lhe pareceu estranho num blog que fala sobre política, não? É que o cardápio das ideologias está na mesa.

Vou falar de mortadelas, filé mignon e pato sem tucupi, mas antes quero que você, caro leitor/a faça algumas comparações comigo.

Na era da imprensa que reduziu seu trabalho ao jornalismo negócio, seus supostos jornalistas, além de sempre reduzirem o número de manifestantes quando esses colorem de vermelho as ruas do Brasil e superdimensionar a manifestação daqueles que vestem camisa da CBF, trabalham diuturnamente em todos os seus veículos de comunicação para bombar os atos dos segundos e para tocar terror nos atos dos primeiros.

O roteiro desses jornalistas sabujos que alimentam um ciclo vicioso de ódio nas redes é sempre o mesmo há alguns anos, com mais eficiência a partir de 2015: publicidade massiva em seus veículos para o ato 'contra a corrupção' mesmo que o que mais vemos nos atos da camisa da CBF seja uma infinidade de corruptos com processos em profusão, ficha corrida mesmo tirando selfie com a galera verde-amarela. No dia do ato dos camisas CBF, a Globo começa o esquenta, tal como faz com a cobertura do carnaval:  flashs em cidades menores para chegar à apoteose que no caso do carnacoxinha é na Paulista. A Globo abre mão da sua programação, o governador abre as catracas do metrô e troca horário de jogo de futebol!

No dia da manifestação dos que lutam pela soberania popular, pelo respeito ao resultado das urnas,  ônibus são impedidos de chegar próximo aos lugares marcados da manifestação, entradas de estação do metrô são fechadas, ônibus são parados pela polícia e impedidos de seguir (como aconteceu com o da torcida do Corinthians na manifestação do dia 18). Após a manifestação ficamos horas na fila para poder passar a catraca como aconteceu no ato do ano passado no meio de um temporal que começou na Paulista e terminou na República e a fila para passar a catraca se estendia até fora da estação. A polícia pronta para reprimir nas manifestações majoritariamente populares e posando para selfies sorridentes nas manifestações reacionárias que sempre pedem a morte da presidenta, o enforcamento de Lula, lamentam que os torturadores tenham deixado vivos alguns presos políticos, dizem claramente que lugar de pobre não é na política.

Como se não bastasse todo esta diferença de tratamento, os sabujos da mídia golpista fazem de tudo para desqualificar o imenso esforço de concentração dos movimentos sociais, sindicatos, artistas que voluntariamente fazem shows nas manifestações. É como se um milhão de pessoas que encheram as ruas de todas as capitais e mais algumas cidades país afora resolvessem se mobilizar por 30,00 e um pão com Mortadela. tico-mortadela

Tico Santa Cruz, provoca seus leitores reacionários que repetem esta cantilena noite e dia posando com um sanduíche de mortadela e uma nota de 50,00 e brinca: "cobrei mais caro porque teve post na página" João Pontes emenda na brincadeira fazendo referências aos atos que ocorreram em várias capitais europeias, em cidades dos Estados Unidos e capitais da América Latina:  "O mais difícil nos atos do 31 foi mandar mortadela pra França, Lisboa, NY, Madri... Pagar Bolsa Família por lá também não é fácil."

À profusão de bobagens de jornalistas sabujos à serviço do cardápio ideológico do Pato da FIESP não tem fim:

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Reparem nos argumentos. O desconhecimento histórico sobre o 31/03 e os 52 anos de golpe é o de menos diante de tanta ignorância. Um deles passa recibo e que recibo! Chega até mesmo a confessar que o que defende é Golpe! Ao se referir a nós, os mortadelas em defesa da democracia, como 'turma contra o golpe", reconhece seu golpismo. Sim, estamos do lado oposto desses sabujos, esses que repetem a linha do PSDB e do restante da oposição derrotada nas urnas e inconformada de mais uma vez não poder sentar-se na cadeira da presidência da República. Não respeitam a decisão soberana do povo.... Então, restam a eles o golpe, travestido de impeachment baseado no que apelidaram de 'pedaladas fiscais' sem qualquer apoio na Constituição. sabujotucano

Outros jornalistas se posicionaram para responder a esse lodaçal de impropérios como fez Leandro Fortes:

ÓDIO SELETIVO

Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, deixou as catracas do metrô livres para que, em 13 de março, os manifestantes contra Dilma - entre os quais estavam fascistas, racistas e dementes defensores da intervenção militar - pudessem encher a Avenida Paulista. Em 18 de março, quando a manifestação foi pró-Dilma, cada um teve que pagar a sua passagem. O custo da operação para os coxinhas, portanto, foi para o bolso do contribuinte paulista. Dinheiro público. A Fiesp forneceu filé mignon para esses manifestantes, montou um pato gigante (e patético) no Congresso Nacional e gastou estimados 16 milhões de reais em publicidade para jornais e revistas se alinharem ao golpe do impeachment. A Fiesp, nem todo mundo sabe, não vive só do dinheiro dos industriais de São Paulo. Ela recebe recursos do imposto sindical (único caso em todo o mundo) e do chamado Sistema S, que incluem o Sesi e o Senai, que vive de repasses de dinheiro público. Acusar manifestantes de serem financiados por dinheiro público, no caso das manifestações de esquerda, não é só irresponsável, ainda mais vindo de um jornalista - é covardia. Porque é o tipo de acusação que conta com a blindagem da mídia e com a ignorância dos analfabetos políticos que a disseminam. Ao contrário dos almofadinhas que costumam encher de verde-e-amarelo a Esplanada dos Ministérios, essas pessoas não moram no Plano Piloto nem nas proximidades de Brasília. Não podem vir de carro com papai e mamãe e depois ir lanchar no Mc Donald´s. Muitas delas enfrentaram 48 horas de viagem e precisam, sim, de ajuda para comer e dormir. E é por isso, também, que existem sindicatos, centrais sindicais, associações e federações de trabalhadores. Para ajudá-los nessas horas. Que sejam, portanto, bem vindos a Brasília, que recebam kits, marmitas, sanduíches, refrigerantes, dinheiro e abraços. Eles merecem. E nós somos gratos que eles tenham vindo até aqui defender o Brasil e a democracia brasileira.

Esses sabujos da mídia e seus cães fascistas amestrados na rede não poupam ninguém que defenda o Estado de Direito e a democracia. Suas agressões verbais, seus achincalhes, ameaças físicas a autoridades do Supremo, à vida da presidenta Dilma e dos ex-presidente Lula deixaram o submundo dos seus grupos para agora, inclusive, se mostram às claras oferecendo dinheiro aos fascistas que se dispuserem a fazer ataques de ódio: sabujosfascistas

Além de autoridades políticas, sindicais e de movimentos sociais, todos os músicos, atores, atrizes, cantores, cineastas, diretores de teatro que resolveram se posicionar e colocar sua arte e sua imagem em defesa da democracia e do Estado de Direito tornaram-se alvo desta canalha que acusa o mundo da arte de receber dinheiro para se posicionar politicamente contra o golpe.

Essa turma do ódio só sabe medir a ação das pessoas pela régua moral deles. Ao atacarem os artistas politizados que não fazem o papel vexatório de um Lobão, do deseducado Fábio Júnior ou de Roger (que fazem qualquer coisa para reaparecem na mídia em seu fim de carreira), eles malandramente recuperam a lei Rouanet como se essa fosse utilizada apenas por artistas do campo progressista.

Fábio Junior ao mandar a presidenta Dilma tomar no cu estava num show pago com recursos públicos, Claudio Botelho ao falar as sandices que disse na peça em que dirigia sobre Chico Buarque utiliza recursos da Lei Rouanet e não foi mixaria, só ele já captou mais de 30 milhões de recursos públicos pela Lei Rouanet. Lobão já tocou na Virada Cultural sob administração petista de Haddad e teve shows com patrocínio do Banco do Brasil e da Petrobras. Mas os 'artistas' do campo da direita não são achincalhados pelos cães de guarda da FIESP nas redes e na imprensa como 'sugadores' do dinheiro público.

Para esses imbecis que por ignorância ou má-fé espalham seu ódio indiscriminado na rede, criminalizando personalidades e autoridades, lideranças sindicalistas e dos movimentos sociais, Fábio Andrade pergunta: respostaasabujos

Nosso pão com mortadela fará com que a FIESP golpista (que financia o golpe com dinheiro de impostos sonegados, com o Sistema S e com imposto sindical) engula seu pato plagiado de artista holandês sem o delicioso tucupi dos paraenses.

patofiesp

Para encerrar este meu post pão com mortadela com mais carga histórica, cultural e revolucionária que o filé mignon distribuído pela Fiesp a fascistas que acamparam na Paulista, reproduzo a resposta da professora Beatriz Cerqueira, presidente do SindUTE de Minas Gerais:

Bom dia. Quero falar em defesa da mortadela! Por Beatriz Cerqueira em sua página do Facebook Toda vez que saímos às ruas e nossa pautas incomodam a elite, começam a circular fotos com o boné ou a bandeira da CUT num pão com mortadela, associando isso a pagamentos! Como essa mesma elite só faz aquilo que lhe traz benefícios ou lucros pessoais, mesmo que isso signifique a miséria do outro, não compreende lutas coletivas! Como faz a política para fins privados, não compreende quem a defende para objetivos públicos! Quero explicar que ligar um símbolo de luta da classe trabalhadora ao que tem de mais barato na padaria, não é ofensa! Mas, no caso de Minas Gerais, é uma injustiça! O famoso em nossas estradas é o pão com linguiça caseira, não com mortadela! Então sejam criativos e da próxima vez, que será breve, façam o pão com linguiça com o boné da CUT! De qualquer forma, entre os símbolos que estão rolando nas redes sociais, fico com o pão com mortadela. O Pato amarelo é muito feio! Pior é a foto do empresário com sua linda família branca (que não deve comer mortadela) desfilando com a escrava devidamente uniformizada! Também prefiro a mortadela do que o helicóptero com 450kg de cocaína ou o aeroporto do titio! Cada um escolhe o símbolo que melhor o representa, não é? Mas o que importa mesmo é que quando a mortadela aparece é sinal de que estamos virando o jogo! A casa-grande está enlouquecida! Não abrimos mão de lutar pelo direito de comer mortadela por opção e não por falta de dinheiro! Para finalizar minha defesa é preciso esclarecer que não haveria mortadela suficiente para as 200 mil pessoas que estavam nas ruas de Brasília nem para as 40 mil que estavam na Praça da Estação neste dia 31 de março! Elite golpista mineira, da próxima vez, pão com linguiça. Caseira, por favor.