UNICAMP e Faculdade de Medicina da instituição repudiam declarações de Paulo Palma

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Instituição séria é assim: um dos seus membros expõe mensagem preconceituosa numa rede de 2 bilhões de pessoas e a instituição imediatamente se posiciona. Paulo Palma, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), após a adoção de cotas pela Unicamp, não guardou seu preconceito para si e resolveu ir na página do Facebook do reitor Marcelo Knobel e deixar a seguinte mensagem: "Caro Prof Marcelo Knobel, com a resolução publicada hoje, e com tantos cotistas ingressando na Unicamp, sugiro mudança de nome dessa universidade para Escola Estadual de Terceiro Grau Zeferino Vaz. Próximo passo será cotas para ingressar na carreira docente? Let's make Unicamp great again!” O professor preconceituoso é também desinformado, já existe cotas para concurso público para contratação de cargos efetivos e empregos públicos da administração pública federal, de autarquias, de fundações públicas, de empresas públicas e de sociedades de economia mista controladas pela União. Não demorará docentes negros não serão barrados em concursos públicos por um corpo docente desacostumado a conviver com negros em espaços sociais valorizados como a carreira universitária, Quanto à Unicamp, esperamos que o reitor não pare na nota oficial e estabeleça um processo administrativo. Quanto ao urologista Paulo Palma com seu antipetismo e seus comentários estilo bolsonaro (cotas foram estabelecidas pelo Supremo, professor!) sugiro que se informe, pare de dar vexame em rede social e mostre menos ignorância sobre a Constituição. Quanto aos leitores, se quiserem sentir vergonha alheia leiam a matéria do Correio Popular, onde Palma vomita todos os seus preconceitos e prova mais uma vez que o professor Wil Gomes está corretíssimo: os antipetistas sempre carregam um combo de preconceitos.
Reitoria repudia comentário divulgado em rede social. NOTA DA UNICAMP A propósito das declarações de um docente da Unicamp ao jornal Correio Popular, em sua edição de 02 de Junho, sobre a aprovação do princípio de cotas étnico-raciais pelo Conselho Universitário, a reitoria esclarece o seguinte: 1- A reitoria repudia a linguagem e o tom adotados pelo referido docente, incompatíveis com o debate qualificado das ideias no ambiente acadêmico e com o respeito que a sociedade merece. 2 - A reitoria reafirma o seu compromisso com o avanço da inclusão social e étnico-racial, com garantia da excelência acadêmica, o que vem sendo discutido em um ambiente de ampla participação da comunidade e órgãos institucionais, mediante o respeito à diversidade de ideias. 3 - A Unicamp pratica, respeita e defende a liberdade de expressão como valor inalienável de uma sociedade democrática, mas não tolera manifestações que firam os princípios de respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos fundamentais, não aceitando tratamento desigual por motivo de preconceito, conforme explicitado em sua missão institucional. 4- Diante disso, a reitoria tomou as providências cabíveis de acordo com as normas e regulamentos estabelecidos no regimento da Universidade. Reitoria da Unicamp Campinas, 02 de junho de 2017 Leia também a nota da Faculdade de Ciências Médicas sobre o assunto NOTA DA FCM/UNICAMP A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp repudia, com veemência, comentários desrespeitosos realizados por um membro do corpo docente, recentemente, em rede social e matérias jornalísticas. Tais comentários ferem os valores universitários e os objetivos de pluralidade e inclusão social, amplamente preconizados e difundidos pela FCM, ao longo de sua história. A FCM da Unicamp, em conjunto com a Reitoria, acompanha os desdobramentos dos últimos acontecimentos, bem como a tomada das providências administrativas cabíveis. A Direção. FCM/UNICAMP