"A Ditadura Militar morreu?" Debate sobre a Ditadura lança Revista Adusp em 16/04/09

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Queridos leitores o blog Maria Frô e também o blog História em Projetos andam abandonados devido a minha imensa correria e mergulho em um novo e decisivo projeto. Nos próximos 12 meses as postagens serão mais ao estilo slow blogging, ou seja, bem mais comedidas para que eu possa continuar postando e ao mesmo tempo possa desenvolver o meu trabalho que muito está me absorvendo.

Virei aqui e no blog da HP para informar ou discutir eventos importantes, mas longe do que de fato eu gostaria de produzir. Continuo conectada em todas as outras vias de acesso virtua msn, talk, skype, mail e twitter. Qualquer coisa gritem :)

Abaixo segue um informativo da ADUSP- Associação dos Docentes da USP- sobre o lançamento do novo número de sua revista que ocorrerá juntamente com uma mesa-redonda com a presença ilustre do professor Fábio Konder Comparato e da professora Maria Victoria Benevides. Estarei lá!

Lançamento da Revista ADUSP 44, sobre a ditadura militar e Mesa-redonda: "A Ditadura Militar morreu?"

ditadura

DATA:  16/04/09;

HORÁRIO: 18 hs.

LOCAL: Auditório Abrahão de Moraes do Instituto de Física, Rua do Matão, Travessa R, 187 - Cidade Universitária - São Paulo/SP

Entidade responsável: ADUSP - Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo

COMO CHEGAR:

Debatedores:

Fábio Konder Comparato  (Faculdade de Direito/USP) Gerhard Malnic  (Instituto de Ciências Biomédicas/USP) Maria Victória Benevides (Faculdade de Educação/USP) Moderador: João Zanetic (Instituto de Física/USP)

A edição 44 da Revista Adusp será lançada no dia 16/4, às 18 horas, no auditório Abrahão de Moraes do Instituto de Física, com debate sobre o tema A Ditadura militar morreu? Os professores Fábio Konder Comparato (FD/USP), Gerhard Malnic (ICB/USP) e Maria Victoria Benevides (FE/USP) serão os debatedores, cabendo a coordenação ao professor João Zanetic (IF/USP).

O título do debate é o mesmo da revista, que aponta, em diversas reportagens artigos, uma série de legados problemáticos da Ditadura militar (1964-1985), desde a impunidade dos agentes da repressão política até a mentalidade da cúpula das Forças Armadas, a qual não hesita em colocar-se acima da socie­dade, ignorando decisões judiciais, resistindo ao poder civil e insistindo em manter sob tutela partes do Estado brasileiro, como assinala o editorial da edição 44.

A reportagem sobre a perseguição da Aeronáutica aos controladores militares de vôo que realizaram uma greve de zelo em 2007, perseguição que se traduziu em prisões, condenações e expulsões, é um dos pontos fortes da edição. Outros destaques: o reencontro de ex-alunos da USP, quarenta anos após a invasão do Crusp por tropas do Exército e da Força Pública; a homenagem da Faculdade de Medicina a oito professores que foram exonerados ou perseguidos pelo regime militar; a entrevista com o ministro Paulo Vannucchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH).

Outras matérias da revista registram a movimentação existente na sociedade brasileira, nos dias de hoje, realizada por ex-presos políticos e por familiares de mortos e desaparecidos (e que encontra acolhida em alguns setores do Estado), em busca de punição para torturadores e assassinos; de reparações para as vítimas; e do direito à memória, para que se conheça a realidade do período ditatorial. Debatedores

O professor Comparato é ativo protagonista desse movimento por justiça e verdade, entre outros motivos por atuar como um dos advogados da família de Luis Eduardo Merlino (jovem jornalista assassinado pelo DOI-CODI em 1971), em processo judicial para que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra seja declarado torturador.

A professora Maria Victória, por sua vez, é uma ativista da educação em direitos humanos. Integra o Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, ligado à SEDH, e faz parte da diretoria da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Direitos Humanos.

Recentemente, ao contestarem editorial da Folha de S. Paulo que qualificava o regime militar brasileiro como ditabranda, os professores Comparato e Maria Victoria foram alvo de ofensas do jornal. Ao atacar docentes de grande prestígio acadêmico e reconhecida dedicação à luta democrática, a Folha deu um mau passo que mais tarde tentou desfazer, ao admitir parcialmente seu erro, após manifestação de protesto à sua porta.

O professor Malnic não se envolveu diretamente com política nos chamados anos de chumbo, mas foi esse distanciamento que lhe permitiu ajudar pessoas que eram caçadas pela repressão política. Entre elas, o então estudante de medicina Paulo Vannuchi.

Espera-se, assim, que o debate de 16/4 traga variadas contribuições, não só a partir da rica experiência pessoal de Comparato, Maria Victória e Malnic, mas também do público.

Data: 16 de abril de 2009 (quinta-feira) Horário: 18h Local: Anfiteatro Abrahão de Moraes - Instituto de Física/USP - Rua do Matão, Travessa R, 187 - Cidade Universitária - São Paulo/SP Entidade responsável: ADUSP - Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo Fones: (11) 3813-5573 / (11) 3091-4465 / (11) 3091-4466 E-mail: [email protected]