Alô, rede de solidariedade ao Moisés, terça-feira tem nº de conta corrente

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Trago parte do depoimento da Vera Paoloni que foi juntamente com uma comitiva visitar a família do Moisés.

Vera informa que ajudará Dna Lucinda, mãe de Moisés, a abrir uma conta corrente, preferencialmente num banco público, sugiro Caixa Econômica Federal, pois podemos fazer depósitos até em casas lotérias. Vejam que a situação da família é bastante precária, toda a ajuda, portanto, é bem vinda.

Volto ao post pra informar o número da conta corrente.

Vídeo que o Globo Esporte fez sobre o Moisés, logo após a matéria que saiu em O Liberal e despertou toda uma rede de solidariedade.

Deslanchou o SOS, Moisés. Vamos acompanhar....

Por: Vera Paoloni, em seu blog

15/10/2011

D. Lucinda e Moisés: dois exemplos de superação diária. 

Quando chegamos na casa do pequeno Moisés, senti logo a boa energia da família, uma energia de ajuda mútua, de compartilhamento, de participação. Uma família de 48 pessoas, entre pais, mães, avós, tias, tios, sobrinhos, primos. A casa de Moisés, d. Lucinda, a mãe e seu Lourival, o pai e os quatro irmãos  é uma casa modesta, mas que esteio de amor. Foi o que senti e fui confirmado nas conversas da mãe, a guerreira Lucinda, dos pais dela, dos filhos e de toda a família. Família que opina, que participa, que dá a mão, solidariamente. A casa fica na Rua Belém, 184, bairro Águas Lindas, em Ananindeua, região Metropolitana de Belém.

Na casa do Moisés moram ele, a mãe, o pai e quatro irmãos. É o caçula e o único que tem renda fixa, uma contribuição de um salário mínimo, desde que nasceu, vinda do governo federal, o BCC – Benefício de Prestação Continuada. Dona Lucinda me conta que já teve Bolsa Família, mas há 3 anos, não tem mais e não consegue explicar  qual a razão, mas é algo a ver com cadastramento. Ela tem dois filhos em idade de ter o Bolsa Família. Na casa não tem água encanada e nem poço artesiano. A água é conseguida na vizinhança. Não tem computador e nem internet. Nem mesmo celular ou telefone fixo. O banheiro é uma casinha no fundo do quintal, fora da casa.

As 48 pessoas da família de Moisés moram na vizinhança, como uma autêntica comunidade, como companheiros, aqueles que repartem o pão. Compartilham as dificuldades, os aniversários, as doenças, as alegrias, a oração na igreja Casa da Bênção, que também fica na vizinhança. Esse clima efetivo de comunidade  foi o que permitiu que a história de Moisés rompesse o cordão sanitário do isolamento. Uma vizinha, Leida, que trabalha num jornal avisou a redação que havia uma criança que enfrentava as própria dificuldades jogando bola, andando de bicicleta e sendo criança. O assunto ganhou o jornal impresso, a TV, os blogs, varou as redes sociais e estabeleceu uma bela rede solidária.

A ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, estava na pequena comitiva que foi visitar Moisés hoje pela manhã. O coordenador do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania, Agostinho Monteiro, já estava na casa de Moisés. “Recebi uma ordem do governador para cuidar desse assunto e aqui estou”, nos disse ele muito feliz em também poder ajudar nos encaminhamentos para que Moisés tenha tratamento e prótese. Na próxima terça-feira, Moisés irá a um centro de saúde para dar início ao processo que lhe garanta uma perna mecânica, fisioterapia e o tratamento no Hospital Sarah. Ana Júlia informou à família que o ministro Padilha, ministro de saúde do governo da presidenta Dilma, está a par do assunto de Moisés e que o menino tem total direito, pelo SUS, a ter tratamento completo e contínuo.

Eu e a feiciana Josie Pereira Mota indagamos pra D. Lucinda se Moisés precisa de ajuda para ir ao banheiro, para almoçar. Pras refeições, não, ele consegue comer sozinho, me diz a mãe, mas precisa de ajuda pra escovação dos dentes e para o banheiro. É acompanhamento diário, há dez anos desde 13 de julho de 2001, data em que Moisés nasceu. Agora, a expectativa da família é que Moisés ganhe a perna mecânica e, quem sabe, os braços.

Fiz questão de dizer a d. Lucinda o recado da companheira blogueira Conceição Oliveira, do Maria Frô: que Moisés tem essa fibra e essa coragem porque tem uma mãe forte. Ela sorriu meio encabulada e agradeceu, olhando pra toda a família como que dizendo: eu e todos esses pelejamos com Moisés.

Fiquemos todas atentas para o desenrolar do tratamento de Moisés, para não cair no esquecimento ou nas valas da burocracia.

Por ter esse receio, deixamos com d. Lucinda nossos telefones e que ela nos ligue a cobrar em qualquer situação. Pedimos o mesmo para a pastora Valéria e para as irmãs de Moisés. A ex-governadora Ana Júlia ficou bem emocionada em dois momentos: quando d. Lucinda informou que Moisés, aos 5 anos, na campanha de Ana Júlia ao governo do Estado, segurava a bandeira do PT nos bracinhos e dizia; mãe eu sou Ana Júlia”. E também quando Agostinho Monteiro, o representante do governo do Pará, confirmou que ela, quando governadora, inaugurou um infocentro para pessoas portadoras de deficiência “de primeiro mundo”, com todos os aparelhos para cedgos, surdos, mudos e pessoas sem mobilidade.

Minha proposta para a rede solidária é que abramos uma conta-corrente para ajudar a família a ter condições de manter Moisés. Amor e família ele já tem. E não é pouca coisa.

Leia o restante do relato e veja fotos e vídeos no post da Vera, aqui _______ Publicidade // //