As mulheres gritam NÃO! Estupro Nunca Mais, Junte-se à vigília!

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Um grande coletivo de mulheres de todo o país lança hoje, às 20 horas, uma campanha de 30 dias contra a cultura do estupro.

Diga não à violência contra as mulheres. Diga não à barbárie.

Segue o texto da campanha e os primeiros vídeos:

estupro2 #EstuproNuncaMais

O estupro é uma conduta criminosa complexa que reúne dois tipos de violência, a física e a simbólica. O estuprador se sente legitimado a usar a força e desconsiderar a dimensão humana das pessoas, em especial as mulheres que são as principais vítimas desse crime. O estupro é um ataque ao corpo por meio do sexo para destruir a dignidade da pessoa. O estuprador quer transformar uma pessoa em coisa, em um objeto para uso e descarte. Por meio do estupro se humilha alguém por sua sexualidade. Em uma sociedade machista, a mulher é penalizada por ser mulher e o estuprador conta com isso. O estupro aniquila a compreensão que uma pessoa tem de si mesma. A cultura do estupro é a cultura da indignidade. Uma cultura que diz de toda a sociedade, que produz vítimas e algozes. Essa cultura atinge a pessoa estuprada, mas concerne a todos que, ao não denunciá-la, se tornam de algum modo coniventes com os estupradores. Em uma sociedade marcada pela crença na dominação masculina, as mulheres são as principais vítimas. Estupros acontecem todos os dias, sejam ou não noticiados. O combate ao estupro depende de uma mudança cultural, em especial depende do fim do machismo estrutural. Essa é uma questão muito séria, porque se trata dos hábitos mais arraigados nas famílias, no trabalho, no cotidiano privado e público. Esse machismo do dia a dia, da dominação, da desigualdade, do ódio às mulheres, do preconceito sexual e de gênero.

Estamos falando de uma cultura, a cultura do estupro que é preciso mudar com o esforço coletivo e de cada pessoa.

Junte-se à vigilia contra o estupro e pela dignidade das mulheres a partir de hoje postando seu “Não ao estupro” por meio de vídeos lançados nas redes sociais por 33 dias às 20horas com a hashtag #EstuproNuncaMais

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