Até Kassab sentiu vergonha alheia do dia da Ogrice e vetará a lei absurda

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Que bom que o prefeito de São Paulo que a princípio não via problema no dia da Ogrice caiu em si (ou por pressão ou por um mínimo de dignidade) e afirma que vetará o horrendo dia de praticar preconceito homofóbico, ou como eu o apelidei:  Dia da Ogrice, aprovado pelos vereadores que não sentem vergonha de votar a favor do preconceito. 

A boa notícia me chegou por um aluno João,  13 anos, que me mandou a seguinte mensagem no facebook:

"vetaram o dia do orgulho hetero!! viu conceiçao, ainda há esperança!!! xD"

Pois eu digo, eu tenho esperanças quando vejo alunos como o João, cidadão consciente e solidário aos 13 anos, uma lição para os Carlos Apolinários, criadores de leis que só nos causam vergonha.

João é exemplo de que uma educação voltada para o respeito à diversidade e direitos humanos é capaz de criar sujeitos solidários e responsáveis.

Kassab veta a criação do Dia do Orgulho Heterossexual

Por: Cesar Camasão e Adriana Ferraz, do Agora 14/08/2011

São Paulo não terá o Dia do Orgulho Heterossexual. Em entrevista exclusiva ao Agora, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) revela que vetou o projeto de lei aprovado na Câmara por considerar a ideia despropositada. Segundo ele, o heterossexual não precisa de dia para se afirmar.

Durante conversa em seu gabinete na prefeitura, na última quarta-feira, Kassab, 51 anos, ainda declarou que é favorável à proibição de celulares em bancos, que não pretende internar viciados em crack de forma compulsória e que espera eleger seu sucessor. Sobre o PSD, partido que preside desde ontem, afirmou que a legenda será independente até 2014.

A um ano e meio do fim de seu mandato, o prefeito diz que não tem interesse em "colocar nome em placa" e que sua gestão é "nota dez". Confira os principais trechos:

Agora - O senhor vai sancionar o projeto que cria o Dia do Orgulho Heterossexual? Gilberto Kassab - Vetarei o projeto do orgulho heterossexual porque é despropositado. O heterossexual é maioria, não é vítima de violência, não sofre discriminação, preconceito, ameaças ou constrangimentos. Não precisa de dia para se afirmar. Em determinados momentos históricos, as mulheres, os negros, minorias raciais e outros sofreram brutalidades, ofensas e hoje têm os seus dias no calendário. Essas datas, sim, têm sentido, pois estimulam a tolerância, a paz e a solidariedade entre as pessoas.

Leia esta entrevista completa na edição impressa do Agora neste domingo, 14 de agosto, nas bancas

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