Atropelamento de crianças palestinas vira comercial de carro em Israel?

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Este é o vídeo de um atropelamento real de dois meninos palestinos praticado por um colono israelense, próximo a Jerusalém, no dia 08/10/2010:

Abaixo, a denúncia de que tal fato teria sido usado num comercial de carros:

Anúncio de carro israelense se vangloria de atropelamento de crianças

Do JNoubiyeh, Tradução Diego Casaes
21/04/2011

Uma nova peça publicitária de um carro japonês em Israel causou uma considerável insatisfação por causa da promoção implícita do atropelamento de crianças palestinas. A propaganda, publicada pela concessionária da Subaru em Israel, mostra uma cena fotografada no ano passado, quando um colono israelense atropelou duas crianças palestinas com seu carro em Silwan, leste de al-Qudz (Jerusalém), antes de fugir, relatou Xinhua.

“Vejamos quem fica contra você,” diz a frase em hebraico no canto superior direito da imagem. O incidente de outubro teve como alvo dois meninos, um de 10 e outro de 12 anos, e resultou na fratura da perna da vítima mais jovem.

Após o ataque, as vítimas inicialmente resistiram ao serem forçadas a entrarem no carro, que aparentemente queria levá-las ao hospital. Os jovens palestinos têm medo de entrar em carros de estranhos porque já viram seus amigos frequentemente serem levados pelas tropas israelenses disfarçadas de civis.

A Autoridade Palestina (PA) atual, Mahmoud Abbas (do Partido Fatah) disse que a promoção deste ato de agressão “é um anúncio sujo e propaganda negativa que chegou ao ponto de pedir a morte de crianças palestinas por atropelamento.”

O agressor, David Be’eri, é diretor-geral da Elad, um intransigente conglomerado de desenvolvimento imobiliário.

A organização encoraja os israelenses a se mudarem para bairros densos em al-Quds (Jerusalém Oriental).

Al-Quds (Jerusalém Oriental) faz parte dos territórios palestinos, ocupados por Tel Aviv em 1967 e posteriormente anexado apesar da refusa internacional em reconhecer qualquer agressão.

Mais sobre o caso: Jerusalém Post (onde a empresa japonesa nega envolvimento com o caso e repudia a ação) e GulfNews

Este caso de denúncia de propaganda estúpida e criminosa, cuja instituição nega envolvimento, lembrou-me de outro caso também ocorrido em Israel, em 2009:

Várias versões de camisetas para uso de soldados do exército israelense provocaram polêmica, inclusive no estado sionista de Israel. Suas mensagens fomentam ódio aos palestinos e violações dos direitos humanos. Imagens de crianças mortas, mães chorando sobre os túmulos de seus filhos, grávidas sob a mira, mesquitas bombardeadas, além dos slogans que acompanham os desenhos das camisetas usadas por soldados das Forças de Defesa de Israel  são ofensivas e nos faz pensar que os sionistas perderam de vez todo e qualquer princípio.

O jornal israelense Haaretz foi o primeiro a noticiar em 2009 aqui e de acordo com o jornal, a iniciativa não foi do exército e sim de uma turma de formandos. O Exército israelense condenou o ato e chamou de 'mau gosto'.

A camiseta para atiradores de infantaria carrega a inscrição "Quanto menor, mais difícil" e a imagem de uma criança palestina armada sob um alvo. A camiseta do Batalhão de Brigada Shaked Givati ??mostra uma mulher palestina grávida com um alvo sobreposto na barriga dela, com o slogan, em Inglês, "1 tiro, 2 mortes".

Nesta versão de uma das camisetas do exército israelense vemos   uma mulher grávida palestina como alvo, o nome de uma brigada do Exército israelense em hebraico e em Inglês a frase "1 tiro, 2 mortes". Na camiseta vermelha uma mesquista sendo dinamitada e em hebraico: "Apenas Deus perdoa". Na camiseta da esquerda uma criança palestina com arma na mão sob uma mira e o texto em hebraico: "Quanto menor, mais difícil! (referindo-se a dificuldade de acertar o alvo)"  À direita em hebraico: ""Cada Mãe árabe deve saber que o destino de seu filho está em minhas mãos"

As fontes das imagens das camisetas produzidas pela turma de formando encontram-se aqui __________ Publicidade 10milhoes_468x60.gif