Batalhão de choque na USP: Covardia explícita

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Covardia explícita Por Denise Queiroz, em seu blog 08/11/2011

Quando levantei por volta das seis da manhã, vi no twitter que estava ocorrendo a “desocupação” da USP e que a Record estava transmitindo ao vivo. Liguei a TV e o que vi foram cenas de triste memória. Trezentos homens fardados, armados e com escudos, lado a lado, em corredor polonês, retirando 65 estudantes, obviamente desarmados, da que já foi a Universidade mais cobiçada do pais. Isso sem contar os que estavam nos cavalos dos gramados!

Imagens aéreas do G1
Não sei o que me impressionou mais, se as cenas ou se a narração do apresentador da Record – me poupem de saber o nome dessa criatura - que falava que a PM estava ocupando para retirar os invasores. Peraí, seu ‘loucutor’, bispo, seu repórter, coleguinhas: a universidade é de quem? A PM ocupa e os estudantes invadem? Então agora a Universidade, patrimônio do estado de São Paulo e portanto bem público, é da PM?
Meu filho de 14 anos se preparando para ir ao colégio estranhou a TV ligada. As cenas pareciam dessas guerras longínquas – Líbia, Afeganistão, Iraque, Palestina – onde é comum vermos a população desprotegida sendo massacrada pelos fardados invasores. O diferente é a razão de tudo isso.
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Sr Alckmin, Sr Messias, por favor, tentem me explicar que tipo de ameaça representam à sociedade três estudantes fumando maconha no matinho escuro que vocês não se preocuparam em iluminar? Não seria melhor usar esse dinheiro gasto nessa ridícula e covarde operação em estudos e centros de reabilitação para os milhares de viciados em crack que perambulam pelas ruas da capital? Ou mesmo na repressão à venda dessa droga que mata?  Ou no SUS?

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