Bela síntese do Altamiro Borges sobre que espécie de 'humor' faz o CQC

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Rafinha Bastos agride repórter da Folha

Por Altamiro Borges, em seu blog

O CQC é um programa invasivo, agressivo e intolerante. Seu humor explora o "politicamente incorreto", criando cenas constrangedoras para todos os "entrevistados". Ele abusa dos preconceitos étnicos e de gênero. Ele também beira as idéias fascistas, fazendo a negação da ação política e ridicularizando as instituições democráticas da sociedade. Ele generaliza as críticas e destrói reputações. É adepto da "presunção de culpa", tão em voga na mídia brasileira - num total desrespeito à Constituição.

Tremem diante das críticas

Mas os "homens-de-preto", que adoram esculhambar os outros, não aguentam qualquer tipo de crítica. Na verdade, eles não têm senso de humor. São autoritários, arrogantes e presunçosos. Fazem tudo, custe o que custar, por audiência e grana, muita grana. Quando pressionados, eles revelam a sua mediocridade.

Que o diga Rafinha Bastos, que pediu demissão da Band após ser questionado por suas piadas de péssimo gosto - “Eu comeria ela e o bebê, não tô nem aí”, afirmou ao ser perguntando sobre a gravidez da cantora Wanessa Camargo; "mulheres feias deveriam agradecer caso fossem estupradas, afinal os estupradores estavam lhes fazendo um favor, uma caridade”, respondeu à revista Rolling Stone.

Agora, pressionado, ele revela seu verdadeiro caráter. A própria Folha, que também investe na negação e na escandalização da política, sentiu na carne a "humor" de Rafinha Bastos. Veja a nota publicada ontem na sua versão online:

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"Chupa o meu cacete", diz Rafinha a repórter da Folha

DA REDAÇÃO

Rafinha Bastos, do "CQC", respondeu hoje com palavrões a repórter da equipe da coluna de Mônica Bergamo, da Folha, quando questionado sobre piadas que fez no domingo em um show em São Caetano do Sul.

"Chupa o meu grosso e vascularizado cacete", afirmou ele à coluna por e-mail.

Ontem, durante o stand-up que fez na cidade do ABC, Rafinha fez piadas com o ator Fábio Assunção e com a Nextel, que o contratou para anúncios publicitários.

Ao dizer que uma operadora de telefonia móvel teria um serviço usado apenas por "prostitutas e traficantes", o apresentador, de acordo com relato publicado pelo site da revista "Veja", disse: "É celular usado por traficante, e o pior é que eles sabem disso. Não é à toa que têm Fábio Assunção como garoto-propaganda."

O ator já admitiu que usou drogas. Foi afastado do trabalho e chegou a ser internado para tratamento médico. Hoje está em cartaz em São Paulo com a peça "Adultérios" e no programa "Tapas e Beijos", da TV Globo.

Assunção não quis se manifestar sobre os comentários de Rafinha.

A Nextel disse: "Acreditamos em personalidades como Fábio, que superam limites e que constroem uma nova história de vida. E, principalmente, em todo ser humano que acredita na transformação e na evolução".

A coluna enviou hoje de manhã e-mail ao apresentador do "CQC" pedindo que comentasse e explicasse a declaração que fez em São Caetano.

Ele enviou o xingamento como resposta. A mensagem chegou depois do fechamento da coluna.

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