Câmara de São Paulo aprova o dia da Ogrice

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Não bastam os crimes homofóbicos que acontecem em São Paulo, não basta uma bancada evangélica que deseja voltar ao medievo onde religião e Estado se confundiam, não basta uma cidade caótica onde a existência de uma Câmara de vereadores é só para ingles ver, porque a cidade está ao deus dará. Tudo isso é pouco para os vereadores que elegemos.

Fiz a foto abaixo num dos ônibus que tomo de volta para a casa: A foto foi tirada fora do horário de Pico. Esse é um bom ônibus entre os  que circulam nos bairros periféricos de São Paulo.

Essa eu fiz ontem, mas hoje tirei mais duas semelhantes a esta, na  ida e volta de parte do meu trajeto em bairro de classe média alta.

Acho ambas fotos muito didáticas para entendermos como essa cidade é desigual e como não faz a menor diferença termos prefeito e vereadores em São Paulo, reprodutores das desigualdades e preocupados apenas em nos fazer sentir mais vergonha ainda de vivermos aqui.

Depois de um dia cansativo (não pelo trabalho em si, mas para se locomover nesta cidade desumana), a gente lê notícias com a reproduzida abaixo e não nos resta nenhuma dúvida: somos governados por um bando de indigentes.

Eu só torço para que reste um fio de dignidade em Kassab e ele vete uma data tão absurda como essa. Mas confesso que minhas esperanças são ínfimas.

Câmara aprova Dia do Orgulho Hetero em SP; Kassab ainda precisa sancionar

02/08/2011 Por: Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo

Mesmo com maioria do plenário contra, votação simbólica autorizou criação da data SÃO PAULO – Os vereadores da Câmara de São Paulo aprovaram nesta terça-feira, 2, em segunda votação, o Dia do Orgulho Hetero. O projeto foi aprovado em votação simbólica e ainda precisa ser aprovado pelo prefeito da cidade, Gilberto Kassab.

Dos 39 vereadores em plenário, 20 votaram contra o Dia Hetero, mas como a votação foi simbólica, e não nominal, o projeto foi aprovado. O texto é de Carlos Apolinário (DEM) e teve apoio da bancada evangélica.

Caso seja sancionado, a data será realizada no terceiro domingo dos meses de dezembro. O projeto causou polêmica dia antes da Parada Gay e chegou a travar a pauta da Câmara no fim de junho, quando o autor do projeto prometeu barrar as votações caso o texto não entrasse para votação.

O vereador Ítalo Cardoso (PT), que é contrário ao projeto e suspendeu a pauta da Câmara nas primeiras vezes que o texto entrou para votação acredita que a data pode piorar os casos de violência contra gays na capital paulista. “Essa dia hetero cria o time dos diferenciados na cidade e acentua os riscos de violência contra os homossexuais”, afirma.

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