Confea: presidente ficha suja é réu em mais de 30 processos

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Em 2011 José Tadeu da Silva, atual presidente do CONFEA, naquela época presidente do CREA-SP, foi acusado de trocar viagem a Suíça por votos

Nota do Movimento pela Ética na Engenharia*

14/10/2014

Denúncia no Confea: presidente ficha suja é réu em mais de 30 processos na Justiça

O maior conselho profissional do Brasil, o Confea, está vivendo um dos seus piores momentos enquanto instituição. O atual presidente, José Tadeu da Silva, responde a mais de 30 processos correndo na Justiça.

O Conselho Federal tem mais de um milhão e profissionais de engenharia e agronomia registrados, mas vive agora um problema de credibilidade por estar com sua imagem associada ao de um gestor ficha suja.

A Justiça Federal já decretou a indisponibilidade dos bens do presidente do Confea por improbidade administrativa. Nessa ação, ajuizada pelo Conselho Regional de São Paulo de onde ele também já foi presidente, José Tadeu da Silva, é acusado de direcionar licitação e restringir o caráter competitivo na compra da Sede Angélica, na capital. Só para se ter uma ideia da gravidade das acusações, o presidente do Conselho teve suas contas bancárias e bens bloqueados até o limite de R$ 15 milhões e 864 mil reais.

  Nova Sede do Confea.

Com o presidente do Confea respondendo a dezenas de ações civis públicas ajuizadas no Ministério Público Federal as entidades de engenharia e agronomia de todo país vivem dias de apreensão. O histórico do Presidente, que tem uma extensa ficha de processos, está mobilizando os profissionais e a sociedade em torno de uma possível mudança na organização. Isso porque o Confea é uma instância de importantes atribuições, entre elas, o julgamento ético de seus profissionais. É esse Conselho Federal que é responsável por zelar pela transparência nas licitações, execução de todas as obras públicas e no bom exercício da profissão.

É contraditório o Confea ser vítima de um gestor com conduta tão questionável no momento em que o Brasil vive um cenário de “faxina” em suas instituições.

Os profissionais registrados consideram inadmissíveis atitudes antiéticas, que manchem a história da organização, principalmente, após a importante conquista da Lei da Ficha Limpa no país.

Os engenheiros, agrônomos e técnicos consideram a indisponibilidade de bens do atual presidente do Conselho e toda essa leva de processos, motivos suficientes para que ele se afaste da vida pública e fique fora do processo de sucessão no Conselho Federal.

O Movimento pela Ética na Engenharia é um grupo formado por profissionais do Sistema Confea/Crea  que inclue engenheiros, agrônomos, técnicos e tem o apoio da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), que congrega 13 sindicatos de engenheiros no Brasil.