Dilma: a turma do 3º turno não tem compromisso com o país

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A UDN Gourmet como bem definiu o chargista Vitor Teixeira voltou a atacar. udngourmet

A Foto onde o panelaço foi tercerizado é da UDN gourmet da Argentina em 2002, mas se procurar direito acharemos a versão tupiniquim.

A resposta da presidenta é claríssima: #impitimanMeuZovulos

Alguns blogueiros escreveram sobre mais este mico da UDN que volta dos túmulos de 1954, 1964, leia, são textos muito claros:

Juca Kfouri: O panelaço da barriga cheia e do ódio contra um governo que revelou preferência pelos trabalhadores e os pobres

Panelaço: Quando o ódio caminha lado a lado com o analfabetismo político

Havana Connection 3 – Panelaço: protesto justo ou ódio de classe?

Ainda sobre o som do panelaço em SP sabemos exatamente os bairros de onde partiu. São os bairros dos que se recusam terminantemente a conviver com 'gente diferenciada', daqueles que acham que a sua zona eleitoral é o Brasil.

o som do panelaço

Esta classe média gourmet tão bem descrita por Luiz Carlos Azenha e que lhe dá a definição precisa -  analfabeta política -  exatamente por ser tão pouco acostumada com os rudimentares princípios da democracia como: argumentar, ouvir o outro, ter sua opinião posta à prova e ao escrutínio, aceitar a derrota, age como menino mimado quando contráriado e quer ganhar tudo no grito. É por isso que ela gosta tanto da Ditadura Militar, ela vê o regime de tortura, censura, de exceção como a sua Super Nany!

Como esta classe média analfabeta política não tem autonomia para gerir suas próprias consciências, lidar com seus próprios problemas, como não aceita ter de disputar espaço com milhões de incluídos com seus carros populares aumentando o trânsito e o tempo pra ela chegar na praia nos finais de semana, como seus serviçais agora querem ter direitos de CLT e não trabalham mais por um prato de comida, como se tudo isso não bastasse, ainda teimam em pegar avião, congestionando os aeroportos com aquelas caras feias de pobres e não brancas e se tudo isso fosse pouco, os filhos desses novos 'invasores' dos privilégios de classe da UDN gourmet insistem em sentar nos bancos das universidades antes exclusivas aos brancos bem nascidos, querem até ter casa e se organizam pra isso, exigem creches e se organizam pra isso, querem ter direito à cultura e se organizam pra isso, querem ter direito às cidades, à mobilidade urbana, ao serviços público de saúde de qualidade, a escolas de qualidade, chega! grita desesperada a UDN gourmet que comemora cada editorial do Estadão, que comemora cada repressão policial às manifestações populares da luta pela água, do MTST, do MST, do Reaja ou será morto, morta!

É por isso que a UDN gourmet heroifica os Priscos e Telhadas e sonha com a volta dos militares ao poder pra levar os sem terra, sem teto, sem água, gays, as mulheres independentes, os estudantes politizados, operários com consciência de classe, intelectuais que pensam as desigualdades históricas no Brasil, e negros que se recusam a ser tratados como cidadãos de segunda classe e ver seus filhos fuzilados pela polícia ou pelo tráfico para pôr esse time adversário no lugar que historicamente a desigualdade promovida pela UDN Gourmet reservou a eles: a exclusão.

Mas para desgosto desta classe média gourmet, não existe terceiro turno no Brasil, não estamos em 1954 nem em 1964 e não adianta ela bater panela, cabeça, ou teclar desesperadamente nas redes sociais contra os seus desafetos, ameaçando-os inclusive de morte (agora virou moda fazer isso com blogueiros, Pablo Villaça, Leonardo Sakamoto vivem recebendo tais ameaças).

Seria mais produtivo a UDN Gourmet aceitar as transformações sociais do Brasil ou empreender suas energias militantes a realmente construir um projeto alternativo político para o país. Mas eu sinceramente acho bem difícil isso acontecer, a classe média gourmet gasta energia demais desagregando o país, gritando 'vaca', 'vadia', 'vai tomar no cu' para quem foi democraticamente eleita pra governar o país por esta maioria que a UDN Gourmet tanto abomina. Ódio é o combustível de vocês e não se governa odiando os governados.