lições de preconceito e péssimo jornalismo na Globo

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Dois presos, duas medidas: a discriminação social e racial no jornalismo global nos ensina como os preconceitos se perpetuam e como é cada vez mais necessário a formação de leitores do mundo.
As coberturas nos dois casos são uma aula de péssimo jornalismo e ao mesmo tempo de como se reafirma com uma constância assustadora o racismo em nosso país.

Sabemos que todo camburão tem um pouco de navio negreiro: os pretos pobres do Haiti das favelas e morros das grandes cidades brasileiras seguem neles. Nos carros da PF, que são pickups e não camburões, seguem outros tipos de presos. Com um detalhe que se não fosse sórdido lembraria-nos o Casseta & Planeta e a 'voz de pato'. Mas no caso do jornalismo da Globo é a cara de nuvem.

Reparem nos vídeos expostos pelo Mello: os presos loiros, brancos e de classe média alta com nuvens nos rostos que desfocam a imagem e protegem a identidade dos presos que são literalmente tratados como 'vítimas' pela
Sandra Annenberg , que comovida diz com todas as letras que eles são jovens recrutados!

Do outro lado do asfalto, no morro, vemos só negros, podemos ver seus rostos e tudo mais em foco, nítido e claro. Só ouvimos a voz da polícia, uma única versão, dizendo que a "ordem natural" das coisas voltou ao lugar
.

Aqui em Sampa na Casa Grande & Senzala de Paraisópolis também está tudo nos conformes...


Para assistir as aulas de mau jornalismo e preconceito acesse o blog do Mello, AQUI: