Marcha das Margaridas sobre Dilma: 'não é questão de sensibilidade, trata-se de assumir compromissos'

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A eleição de Dilma, especialmente diante do preconceito sexista tão disseminado durante a campanha, significou a vitória da organização de muitas mulheres e homens que repudiaram o machismo, o sexismo e todas as formas físicas e simbólicas de violência contra a mulher. Muitas organizações feministas estiveram presentes na posse de Dilma. 01 de janeiro de 2011. Foto Conceição Oliveira

Mas as feministas sabem muito bem que não basta eleger uma presidenta para que se efetive um governo compromissado com políticas públicas de combate à violência contra a mulher. As feministas lutaram pela eleição de Dilma e sabem que tem de cobrar pelos compromissos assumidos.

Cobrar compromissos de campanha e fazer pressão para que eles se efetivem é o que farão as mulheres do campo organizadas na Marcha das Margaridas no próximo dia 17.

Trabalhadoras pedem ações para melhorar vida no campo R7 13/07/2011 A lista inclui pedidos de investimentos em assentamentos rurais e projetos sociais

Uma comissão de representantes de trabalhadoras rurais entregou nesta quarta-feira (13) ao Planalto uma pauta de reivindicações para melhorar a vida no campo. A lista inclui pedidos de investimentos em assentamentos rurais e projetos sociais para reduzir os problemas nas cidades que abrigam grandes obras de infraestrutura. No próximo dia 17, durante a Marcha das Margaridas, as líderes do movimento serão recebidas pela presidente Dilma Rousseff.

Carmem Foro, uma das integrantes da comissão, adiantou que, durante a marcha e na audiência com Dilma, o grupo fará críticas à política das grandes obras de infraestrutura do governo e às ações na área da reforma agrária.

Ela citou os problemas sociais que ocorrem em volta dos canteiros de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na Amazônia, em especial a exploração sexual de mulheres e crianças. (grifos nossos)

- Reconhecemos que as grandes obras garantem emprego, mas não queremos desenvolvimento a qualquer custo.

A uma pergunta sobre se espera sensibilidade de Dilma para os problemas enfrentados pelas mulheres no interior, Carmem respondeu:

- Não se trata de uma questão de sensibilidade, mas de assumir compromissos. O governo pode ser de um homem ou uma mulher, o nosso papel é fazer críticas e pressão para mudar a realidade das mulheres no campo. (grifos nossos)

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