Mascote da Copa 2014: Pereira Passos

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Infelizmente este post é mais uma denúncia, entre as tantas notícias que este blog já publicou sobre os abusos de gestores públicos nas desapropriações para a realização das obras da Copa. Desta vez, em São Paulo, na construção do Itaquerão.

Diante disso segue a minha sugestão para o Mascote desta Copa das desapropriações violentas e cujas arbitrariedades estão sob a mira da ONU:

Sugestão do Maria Frô para o Mascote da Copa 2014: Pereira Passos

Na copa de 2014 temos de fazer jus, prestar um tributo ao demolidor-mor do Brasil a quem Eduardo Paes e Gilberto Kassab estão querendo passar a perna: Pereira Passos!

Pereira Passos foi o prefeito do bota-abaixo, responsável pela criação das primeiras favelas cariocas, que varria o povo negro e pobre do centro do Rio de Janeiro para dar lugar aos belos edifícios públicos como o Teatro Municipal, aos 'boulevards' ao estilo parisiense, aos passeios e  praças  para a burguesia aproveitar com toda a tranquilidade.

Capa JB,  1903

A dica da matéria abaixo foi da @Annabel_Lee, via twitter.

Moradores protestam contra remoções em Itaquera Manifestação será dia 30/7, mesma data em que a Fifa sorteará a chave das eliminatórias da Copa Da redação - São Paulo, Copa 2014.org 11/07/2011

Moradores de Itaquera lutam contra abuso nas remoções para o estádio (crédito: Diego Salgado/Portal 2014)

Moradores de Itaquera, na zona leste de São Paulo, estão preparando manifestações contra a remoção de famílias na área prevista para a construção da Arena Corinthians, provável palco da abertura da Copa de 2014, informou reportagem do portal "R7". O movimento "Copa para quem?", criado pela população local, alega que mais de três mil famílias terão de ser realocadas pelos órgãos da prefeitura.

Movimentos sociais, partidos e ONGs da região prometem fazer um ato de protesto no dia 30 de julho, mesma data que a Fifa fará o sorteio das chaves eliminatórias da Copa de 2014. Além deste ato, outras manifestações serão realizadas por um "comitê popular da Copa", criado pelo Movimento de Moradia de São Paulo, acrescenta a reportagem.

"Não recebemos informação nenhuma. Todo o mundo aqui está preocupado e apreensivo, sem saber o que fazer. Tem gente que mora aqui há 50 anos e agora está sendo tratado com esse descaso", protesta José Aparecido de Andrade, um dos líderes do movimento "Copa para quem?".

"Nós queremos um estádio, mas não assim da forma como estão fazendo, com imposição e sem respeito à população", afirma outro integrante do movimento.

Para o jornalista Joel Novaes da Silva, morador do bairro, o motivo da revolta dos moradores não é exatamente a remoção. "Os moradores não estão preocupados com isso, saberiam que seriam removidos desde o começo. Querem respostas definitivas: que dia irão sair; para onde e quanto vai ser o valor da indenização", questiona.

Os protestos acontecem no mesmo momento em que a urbanista Raquel Rolnik, relatora especial da Onu para o Direito à Moradia Adequada, divulga um relatório da entidade com denúncias sobre violações do direito à moradia, através de despejos e remoções em massa verificados em pelo menos oito cidades-sede da Copa, entre elas São Paulo.

Veja também:

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25 de março: Ato pelo direito à cidade, pela democracia e justiça urbanas

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