Médica de Sergipe que ofendeu funcionário negro da Gol é condenada por injúria

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Em novembro de 2009 aqui no Maria Frô escrevi um texto indignado sobre um episódio de racismo explícito praticado por uma médica contra um funcionário da Gol, no aeroporto de Aracaju, Sergipe. Reproduzi o vídeo gravado onde a médica Ana Flávia Pinto ofendia sem menor cerimônia o funcionário da Gol, Diego Gonzaga, utilizando para isso um discurso racista e classista.

À época,  a reportagem dizia que o delegado não entendeu o episódio como racismo. Entretanto, o funcionário da Gol não desistiu e a repercussão do caso não deixou que ele caísse em esquecimento.

Ontem saiu a sentença: a médica Ana Flávia foi condenada e além de pagar uma indenização de 10 mil reais a Diego Gonzaga, o funcionário ofendido, teve também sua liberdade cerceada: ela não poderá sair de casa depois de 22H  e permanecer por mais de 30 dias fora de seu estado, no período de anos. 

Ainda não foi desta vez que alguém foi condenado por racismo no Brasil, quem sabe um dia....

Caso GOL: médica terá que indenizar vítima em R$ 10 mil Médica terá que indenizar funcionário da GOL por injúria, ela não poderá, ainda, sair de casa após às 22h Por: João Áquila, do Emsergipe.com

11/07/2011

A médica Ana Flávia Pinto Silva foi condenada a pagar R$ 10 mil ao funcionário da GOL, Diego Gonzaga, ela ainda não poderá sair de casa após às 22h durante dois anos e neste mesmo período não poderá sair do Estado por mais de 30 dias. A decisão foi tomada na manhã desta segunda-feira, 11, na 3ª vara criminal do Fórum Gumercindo Bessa.

 "Entendemos que houve justiça. Ela terá que indenizar a vítima além de sofrer com sanções perante a sociedade", disse o promotor João Rodrigues Neto.

Em outubro de 2009, Ana Flávia teria agredido ao funcionário da GOL, Diego Gonzaga, chamando de pobre e negro, após saber que não embarcaria por ter chegado em cima da hora. A médica, que estava em lua de mel, chegou a emitir nota pública pedindo desculpas, que não foi aceito por Diego Gonzaga.

Diego Gonzaga, funcionário da empresa aérea agredido verbalmente pela médica "O fato nunca será esquecido, a humilhação foi grande, mas fico feliz por houve justiça. Tenho certeza que ela vai pensar duas vezes antes ofender alguém, ela vai pagar pelo que fez. Que isso sirva de lição para as outras pessoas", disse Diego Gonzaga. Para o advogado da médica, Emanuel Cacho, o caso está dado como encerrado. "Foi uma decisão que partiu do Ministério Público e o juiz, não podemos interferir. Para minha cliente esse caso acabou".
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