No R7 Haddad dá uma lição de respeito à diversidade e R7 dá destaque a Maluf

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Gostaria de ter linkado o vídeo da sabatina hoje no R7 do Haddad, prefiro sempre que as pessoas vejam por elas mesmas e não por mediação de outros, mas não encontrei.

Assisti uma parte da sabatina e uma das falas mais significativas sequer é mencionada na matéria abaixo. Haddad fez uma defesa sensível e tocante do respeito à diversidade pondo um basta na exploração da fé das pessoas e nesta mistura grotesca de religião com campanha eleitoral.

"Meu pai me ensinou uma coisa: Filho, o que você não pode dizer num grande jornal de circulação, não diga e não faça". Durante 40 minutos, Haddad mostrou um conhecimento imenso da cidade e dos problemas que terá de enfrentar ( se os paulistas tiverem juízo e o elegerem)  Haddad usou grande parte do tempo para explicar o seu programa de governo e suas propostas pra governar a cidade ao falar por exemplo da forma como serão escolhidos os subprefeitos da cidade "não serão indicados por vereador nem serão militares' os critérios serão "adesão ao meu plano de governo, capacidade técnica e liderança local."

Fiquem com a manchete sofrível do R7 e o que a edição resolveu destacar. Se disponibilizarem o vídeo na íntegra trago para cá.

Aqui uma pequena chamada:

Haddad vai para cima de Serra e defende aliança com Maluf em sabatina

Do R7

Na sabatina R7/Record News realizada na tarde desta sexta-feira (14) o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, não poupou críticas á atual administração e ao adversário José Serra (SPDB). O petista disse que a cidade “sucumbiu na mão deles”

Para Haddad, não há nada a ser aproveitado no programa de governo de Serra numa eventual gestão petista.

— O Serra tem o projeto de manter a atual gestão, e a cidade está pedindo de joelhos para mudar.

O petista também criticou a maneira como o tucano se referiu à presidente Dilma Rousseff, dizendo que ela “não deveria meter o bico” na eleição de São Paulo.

— Ele não aprendeu com a eleição de 2010. Ele foi tão deselegante com a presidente Dilma que teve que refazer uma frase. Ele já está num grau de descoordenação de ideias muito grande. Até o termo que ele usou é despropositado, falar pra ela "não meter o bico aqui". Talvez para tucanos isso seja comum.

Contra o prefeito Gilberto Kassab, Haddad disse que a prefeitura de São Paulo viveu “o maior escândalo de corrupção da sua história”. O candidato referia-se ao ex-secretário Houssein Aref, que acumulou mais de 160 imóveis.

O disparou também mirava acertar em Serra:

— O maior caso de corrupção da história da cidade foi causado por um aliado de Serra, o ex-secretário Houssein Aref.

Haddad disse que as construções que se beneficiaram do esquema de irregularidades terão de pagar multas para reparar os cofres da cidade, mas descartou a possibilidade de fechar shoppings centers ou grandes condomínios.

— Não é possível fechar um shopping. O que se vai fazer com um shopping depois de construído?

Haddad evitou dizer que os recentes incêndios que atingiram favelas paulistanas foram criminosos, mas disse que "a prefeitura deve ser responsabilizada".

Para o candidato do PT, a principal responsabilidade da atual administração no caso foi ter encerrado um programa de combate à incêndios criado na gestão de Marta Suplicy [2001-2004].

A investida contra o PSDB chegou até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Defendendo a gestão de Marta na prefeitura, o candidato disse que as condições encontradas pela ex-prefeita eram desfavoráveis por conta do cenário político à época.

— No governo Fernando Henrique, os prefeitos estavam à míngua. Marta pegou uma cidade pós Celso Pitta e com Fernando Henrique em cima. É dose para elefante

Maluf

O candidato mais uma vez teve de explicar a aliança que fez com o PP do ex-prefeito Paulo Maluf. A junção trouxe repercussão negativa para sua campanha e fez com que a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) desistisse de ocupar a vice em sua chapa.

— Desde janeiro venho dizendo que quero o apoio de todos os partidos da base aliada do governo federal. O PP é um partido que pode ou não apoiar governos legitimamente eleitos? Em minha opinião, sim.

Haddad lembrou que Maluf é aliado do governador Geraldo Alckmin em São Paulo e que a candidatura do PSDB também procurou o apoio do ex-prefeito.

— O Serra e o [senador] Aloysio Nunes (PSDB-SP) foram à casa do Maluf também, para negociar apoio. A diferença é que eles fazem as coisas à noite, sem mostrar para ninguém.

Ainda na esfera dos apoios, o candidato negou que a ida de Marta Suplicy para o Ministério da Cultura tenha relação com a entrada da ex-prefeita em sua campanha.

— Quem conhece a presidenta Dilma sabe que ela não faz essas coisas. Se fosse para haver esse tipo de negociação, isso teria acontecido há seis meses.

Subprefeituras

Questionado por um internauta, Haddad disse que não pensa em realizar eleição para escolher os 31 subprefeitos da cidade. Ele disse ainda que não aceitará indicação de vereadores para ocupar os cargos:

— [Os subprefeitos] não serão indicados por vereador nem serão militares. Os critérios são: adesão ao meu plano de governo, capacidade técnica e liderança local.

Bilhete Único Mensal

Enquanto falava de sua proposta de criação do “Bilhete Único Mensal”, Haddad aproveitou para fazer mais uma crítica a Serra:

— Serra está desinformando deliberadamente a população.

O candidato jogou no colo do governo do Estado a possibilidade do tal bilhete ser integrado aos trens da CPTM e ao metrô.

— Vamos convidar o Alckmin a participar do projeto e perguntar se ele é contra a integração com trem e metrô, mas eu duvido que seja.

Mensalão

O candidato foi perguntado sobre o julgamento do mensalão, e retrucou dizendo que agora as instituições funcionam no País, e que por isso um caso desses pode ser julgado. O petista disse que na época do governo de FHC, todas as denúncias eram “engavetadas”.

Ele afirmou ainda que a sociedade vive "novos tempos", em que os crimes são apurados.

— Mas esse julgamento não pode ser o fim de um processo, e sim o começo de uma mudança de cultura política.

O petista negou que o ex-ministro José Dirceu seja seu "guru", como disse o adversário José Serra.

—Ele é um dirigente do meu partido, eu o conheço. Não vejo razão para essa exploração. Acho um pouco barata.

 

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