O Brasil que come já esqueceu o Brasil faminto de 2001?

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Todas as vezes que vejo um discurso estúpido sobre o Bolsa Família, como o do senador Álvaro Dias e seus eleitores reacionários amestrados (Bolsa Família Estimula a preguiça),

Ou me lembro do site do PSDB quando publicou um editoral chamando o Bolsa Família de Bolsa Esmola

Lembro-me de uma série de Marcelo Canellas e Lúcio Alves sobre a Fome no Brasil de 2001, exibida no JN, com cenas de alguns das centenas de 'cemitérios de anjos', crianças famintas que a fome vitimava antes de completar 5 anos do norte de Minas aos sertão nordestino. As mães iam relatando as idades de seus bebês ceifados pela fome. Num tempo onde "proeza era criança viva" e a morte banalizada.

Hoje o Brasil de Lula e Dilma reduziram a mortalidade infantil em 70%. Não exagero, são dados da ONU

"O Brasil atingiu a meta assumida no compromisso "Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos. O índice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011.  A meta foi atingida antes do prazo estipulado, 2015."

Mais que isso, de acordo com o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic,  os resultados do Brasil nos recentes relatórios divulgados pela FAO são "exemplares". Brasil de Lula e Dilma retiraram nosso país do mapa da fome, pela primeira vez em nossa história:

"Nenhum país no mundo tem diminuído a fome tão rápido quanto o Brasil", principalmente por conta das políticas sociais implementadas na última década, entre elas a valorização do salário mínimo e da alimentação escolar. "Os programas de alimentação escolar, por exemplo, são fundamentais nesse processo. São mais de 43 milhões de crianças que recebem alimentação todos os dias" lembrou Bojanic, classificando a solução como uma "receita básica" de "combinação entre incentivo à produção e políticas de proteção social".

De acordo com o representante da FAO no Brasil, trata-se de um "grande esforço que também tem ligação com criar uma demanda específica para produtores de agricultura familiar" gerando o que chamou de "círculos virtuosos".

Voltemos a 2001: Marcelo Canellas fala da invisibilidade dos famintos nos grotões e nas periferias dos grandes centros:

"O Brasil que come não enxerga o Brasil faminto e aí a fome vira só número, estatística, como se o número não trouxesse junto com ele dramas, histórias, nomes"

Minha pergunta aos brasileiros: continuaremos avançando ou voltaremos a 2001?

2001-FOME-FHC-TUCANOS-ÓDIO-CAMPANHA-ATAQUE-PETISTAS A direita reacionária está nas ruas mostrando que tipo de democracia ela quer para o Brasil: