Recurso do Governo Federal é acatado e Justiça suspende liminar que determinava saída dos Guarani-Kaiowá

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Informei a um amigo militante sobre a notícia abaixo ele diz: o governo não fez mais que obrigação.

É verdade, ainda bem que o governo que eu elegi (e ele também) cumpre suas obrigações. Pena que o mesmo amigo militante dos direitos humanos não esteja nem um pouco preocupado em cobrar as incongruências daqueles governos igualmente eleitos como o de Alckmin que diz que a barbárie feita no Pinheirinho pela polícia militar é cumprimento de 'decisão judicial'.

Tenho uma leve desconfiança que este meu amigo saiu para bebeborar domingo nas lindas e doridas terras soteropolitanas. Não que ele tenha votado no grampinho, longe dele, é que o PT não representa 85% da população preta de Salvador.

Ele tem razão. Impressiona mesmo que na terra de Luis Gama, Luiza Mahin, a esquerda não tenha construído uma liderança negra pra tomar de assalto um território tão apartado. É assustador que em matéria de Segurança Pública o governo do PT baiano seja igualzinho ao governo dos paulistas Serra e Alckmin - essas coisas autoritárias que militarizaram o governo do estado e o da prefeitura com a criatura Kassab.

Mais assustador ainda saber que independente da condução que as centrais sindicais deram à greve dos professores (isso não é um problema de governo, é um problema dos professores sindicalizados) o governo de Jaques Wagner foi um fiasco em termos de negociação. Por sua má condução em resolver o impasse é tão responsável quanto os grevistas pelo fato de os estudantes pobres das escolas públicas perdem um ano letivo. Um governo do PT não pode se dar a este 'luxo'. 

Daqui de longe torço pra que Salvador  ao menos em relação ao apartheid racial consiga sair do século XIX. E cumprimento o governo Federal por fazer a sua obrigação.

Justiça suspende liminar que determinava saída dos índios Guarani-Kaiowá

Jornal de Notícias

30/10/2012

A justiça brasileira cassou, esta terça-feira, a liminar que determinava a retirada dos índios Guarani-Kaiowá de área na Fazenda Cambará, em Iguatemi, a 466 km de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do Brasil.

A decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) foi confirmada no Twitter pela ministra da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.

"Acabamos de receber decisão judicial que suspende reintegração de posse do território dos Guarani-Kaiowá. Recurso do Governo Federal foi acatado", escreveu a ministra.

"De acordo com essa decisão, os indígenas ficam onde estão! Agora lutaremos para agilizar o processo de estudos para demarcação desse território", acrescentou.

A liminar concedida por um juiz de Naviraí, Mato Grosso do Sul, levou a tribo a divulgar uma carta em que anunciavam "morte coletiva" caso fossem obrigados a sair das terras. O caso gerou comoção nas redes sociais.

O líder dos guarani-kaiwoá Solano Lopes, no entanto, esclareceu que o texto não significa que haverá suicídio coletivo, mas que a tribo "lutará até ao último guerreiro" pela permanência na propriedade.

"A comunidade tem uma decisão de não sair nem por bem nem por mal. Vamos lutar por essa terra até o último guerreiro. Não vamos matar uns aos outros, mas vamos morrer pela nossa terra", afirmou Solano, acrescentando que a "área é dos indígenas há dezenas de anos".

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