Tomboy, transgênero e a infância

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O Extra traz a história de um Tomboy da vida real. Ele nasceu com o sexo de uma menina, mas a sua mente é de um menino e não foi o meio ambiente, o comportamento dos país, a decoração do quarto ou as roupas do bebê que tornaram Ryland transgênero. Lula Ramires, presidente do Corsa, observa: A identidade de cada pessoa se forma numa combinação complexa entre sua percepção do mundo e o modo como é vista e tratada pelo meio social onde está inserida!

Seria fantástico se mais pais e a sociedade como um todo compreendesse isso: é possível nascer com um sexo e desenvolver uma identidade de outro sexo. E isso é normal, não é nenhuma aberração. Aberração é o preconceito, aberração é não deixar que seus filhos viva uma existência tão curta (que é a nossa aqui nesse planeta tão complicado) sem condições de ser felizes.

Ryland após realizar o implante coclear Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

Uma das primeiras coisas que Ryland disse foi: "Eu sou um menino" Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

Matéria via Dolphin di Luna reproduzida em seu Facebook

Pais mostram em vídeo transformação de filho transgênero de 6 anos

Extra

30/05/2014

Se muitos adultos têm dificuldade de compreender o conceito de identidade de gênero, imagine uma criança. Para Ryland Whittington, de 6 anos, isso sempre foi muito claro. Nascido como menina, ele nunca se identificou com o seu sexo e questionava constantemente seus pais sobre o assunto. Quando completou 5 anos, Jeff e Hillary Whittington, de San Diego, Estados Unidos, permitiram que ele fizesse a transição do universo feminino para o masculino.

Ryland durante sua transição, com roupas masculinas Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family
 

Na última semana, a família foi homenageada no 6º Harvey Milk Diversity Breakfast e recebeu o Premio Inspiração depois de exibir o vídeo em que mostra a transição do filho Ryland de menino para menina. No evento, o garoto subiu ao palco usando terno e gravata e leu um anúncio ao público: “Meu nome é Ryland Whittington. Eu sou uma criança transgênera”.

O vídeo “The Whittington Family: Ryland's Story”, publicado na web nesta semana, já alcançou quase 350 mil visualizações no Youtube. A família só foi confrontada com a identidade de gênero dele, quando Ryland já estava mais crescido. Isso porque ele nasceu com um problema de surdez e só começou a escutar após fazer um implante coclear — dispositivo tecnológico que estimula as fibras nervosas do ouvido. Pouco depois de aprender a falar, ele contou aos pais: “Eu sou um menino”. O menino se identificava com outro gênero desde pequeno.

Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family Jeff e Hillary

 O menino se identificava com outro gênero desde pequeno, Jeff e Hillary despreparados para lidar com a novidade, acharam que era algo temporário, que iria passar. Mas, ao completar 5 anos, ele começou a rejeitar tudo que se relacionasse ao universo feminino. O estopim foi quando ele questionou aos pais: “Por que Deus me fez assim?”.

Em um dos trechos do vídeo ele diz algo como, quando minha familia morrer eu vou cortar o meu cabelo

O menino se identificava com outro gênero desde pequeno Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

A família decidiu, então buscar ajuda profissional e pesquisar sobre a identidade de gênero de crianças. A explicação encontrada foi que Ryland é transgênero. A pesquisa trouxe um baque: 41% das pessoas transgêneras tentam cometer suicídio devido à dificuldade de serem aceitos socialmente.

Decididos, Jeff e Hillary, que têm também uma filha mais nova, abraçaram a “nova” identidade de seu filho. A mudança das roupas, dos brinquedos e da decoração do quarto foram apenas algumas das alterações.

O menino adorou cortar os cabelos e a família ainda precisou se adaptar a se referir a ele no gênero masculino.

O menino dançando em um casamento Foto: Reprodução / Youtube / The Whittington Family

“A identidade de gênero de Ryland não foi provocada pelo nosso jeito de criá-lo, nossa estrutura familiar ou fatores ambientais”, explica um trecho do vídeo. As imagens retratam a infância de um menino comum e feliz.