Já não há o que justifique a estridente incompetência do presidente da República.
O próximo passo para a desintoxicação do país será inevitavelmente o impeachment de Jair Bolsonaro.
Embora afirmem que já existam votos suficientes para afastar o agitador do Planalto, ainda há um longo caminho para percorrer. A própria Dilma demorou um bom tempo até sua queda.
Há considerações que devem ser feitas com prudência:
- Bolsonaro não voltou a encher o governo de militares para se defender e sim para agradá-los.
-Os militares não vão ajudar Bolsonaro em um golpe. Isso não existe.
- Não há certeza de que existem todos os votos necessários para o processo.
- O fator social não é determinante, mas conta.
- A imprensa precisa abandonar Paulo Guedes.
- Não deixem de olhar para o Moro.
Reafirmo. Bolsonaro nunca foi ou será um perigo para a democracia. É um bufão, um fanfarrão. O verdadeiro perigo está em Sergio Moro.
Um processo de impeachment não começa da noite para o dia de forma espontânea. Desde o ano passado já há um movimento de desembarque e abandono do governo, começou com multinacionais, chegando em políticos e até mesmo apoiadores do governo.
Nessa semana o elemento social começa a dar suas pinceladas também. Mesmas panelas, mesmas localidades. Só mudou o presidente. A classe média infelizmente ainda é parte considerável da força motriz política no país. Tanto para o bem quanto para o mal.
As condições para o impedimento do presidente vão se desenhando de forma sublime. A ação de governadores e prefeitos que trabalham para conter o avanço da epidemia no país deixam evidente a incapacidade da presidência.
A subida de tom dos presidentes do Senado é da Câmara também indicam para isso.
Os diminutos protestos contra as instituições deixaram expostas as fragilidades do bolsonarismo. Com isso, basta saber se Maia irá ou não aceitar a denúncia que culminará no processo de impeachment.
O pífio registro do Aliança para o Brasil serviu para oficializar o que eu disse acima.
A cobertura da imprensa para os panelaços restritos em algumas capitais e bairros também mostram uma leve inclinação em comprar o processo.
O Novo, partido do escabroso Ricardo Salles também, também deu a sua alfinetada. Significa “adeus dinheiro” para Bolsonaro ou seu partido.
Agora nós resta aguardar Paulo Guedes e suas infames 15 quinze semanas para ver aonde isso vai parar.
Tenham calma, mas Bolsonaro irá cair.
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