Extorsão, delação do Eduardo Cunha e as “assombrações” da Lava Jato

Leia na coluna de Cleber Lourenço: "A Lava Jato coleciona episódios, no mínimo, controversos, de amigos da família de Sergio Moro. De extorsão até medo de uma delação do Cunha"

Escrito en BLOGS el

A Lava Jato coleciona episódios, no mínimo, controversos, de amigos da família de Sergio Moro. De extorsão até medo de uma delação do Cunha.

O escritório do advogado René Ariel Dotti foi contratado pela Petrobras para atuar como assistente de acusação do Ministério Público Federal em ações penais da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba e atuou como defensor de Carlos Zucolotto, padrinho, amigo e sócio da mulher de Moro, então juiz titular da vara.

Zucolotto é alvo de uma denúncia de extorsão Rodrigo Tacla Duran, ex-funcionário da Odebrecht. Ele prometia melhores condições para Duran nas negociações para um eventual acordo com os procuradores da Lava Jato, em troca de R$ 5 milhões.

Em conversa privada em julho de 2017 e revelada pela Vaza Jato, mostrou que dois meses depois de absolver a esposa de Eduardo Cunha, o então juiz Sergio Moro recomendou que o Ministério Público Federal não fechasse acordo de delação premiada com o ex-deputado federal.

O procurador Ronaldo Queiroz afirmou na ocasião esperar que Cunha entregasse no Rio de Janeiro, pelo menos, UM TERÇO do Ministério Público estadual, 95% dos juízes do Tribunal da Justiça, 99% do Tribunal de Contas e 100% da Assembleia Legislativa.

Se a Lava Jato não tivesse ressuscitado a prisão para averiguação, se colocado como poder moderador (extinto em 1889), não tivesse uma relação tão promiscua entre juiz e acusação, não usasse a operação para ganho político e sabotasse a democracia, talvez agora não teria problemas.

É obrigação da “República de Curitiba” dizer se possui ou não uma grampolândia e prestar contas para a sociedade.

*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Fórum