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OPINIÃO
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Antes mesmo de assumir o governo, Jair Bolsonaro já demonstrava interesse de acabar com o Enem e com a educação pública de qualidade, o que acabou fazendo com a colaboração do ministro da educação, flagrantemente inepto para o cargo, quase que um analfabeto funcional regendo a pasta da educação.
No último ano a pasta usou apenas 8% do orçamento pra educação infantil, 7% pra profissional e só 4% pra básica. Onde foi parar o resto? Não sei! Mas isso é o que chamam de eficiência administrativa. Matar de inanição a educação pública no país.
A situação no ensino superior é muito mais grave, pois não é só o sucateamento, não só o presidente como também seus apoiadores também encamparam uma campanha para destruir a credibilidade das universidades.
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Paulatinamente alguém aparece para falar mal, inventar Fake News e constantemente dizer que nas faculdades só há esbórnia e maconha. O que é uma tremenda mentira.
E quando não estão falando mal da educação e do ensino superior, estão sistematicamente provocando falhas e problemas que dinamitam a sua credibilidade.
O Enem é o segundo maior exame de vestibular do planeta! Perdendo apenas para a China! E é o principal reposta em pelo acesso de milhões de brasileiros ao ensino superior. Qual o primeiro passo para destruir? Primeiro passo é tirar sua credibilidade.
Acaba com o acesso ao mesmo tempo que ataca as universidades, e assim destrói a educação, a produção científica e tecnológica, o progresso e a soberania do país em um projeto começado lá no governo Temer.
É tudo muito grave e acima de tudo na mais fina sintonia com os objetivos do desvairado ministro da economia, Paulo Guedes, que disse nesta terça-feira, em Davos, que o governo deve apoiar um grande programa de vouchers para educação na primeira infância como parte de sua agenda para o combate à desigualdade.
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Em resumo seria o desinvestimento em educação pública de qualidade em detrimento de pagar grandes quantias de dinheiro público para estabelecimentos privados. Não dará certo, já não deu certo no Chile.
O modelo neoliberal de Guedes segue à risca a cartilha de desleixo com a sociedade e as responsabilidades do Estado já que, repassa as responsabilidades do mesmo para o cidadão.
Ainda sobre o caso chileno, estudos
Ainda sobre o caso chileno, foram necessárias inúmeras reformas, redistribuições e correções para atenuar as falhas do sistema de vouchers, a fragilidade deste sistema se encontra inclusive no fato de que uma vez que uma responsabilidade do Estado é repassada ao cidadão diversos problemas e diferenças socioculturais são ignoradas.
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As falhas no Enem e os cortes de investimentos em educação tem como único objetivo sabotar a educação pública e privilegiar a iniciativa privada, transformando as dificuldades es centenas de dificuldades dos brasileiros em meras mercadorias.
Além disso a proposta ainda poderá fragilizar o já fragilizado sistema de ensino brasileiro. Tudo isso com a desculpa de que se combate um comunismo inventado e abstrato. Até quando vamos permitir e tolerar a destruição do país?
Eu tenho saudades do nosso Brasil.