Moro quer a cadeira do chefe. Esqueçam o STF

Este sempre foi o objetivo máximo do Partido Lavajatista: tomar o poder nas mãos diferentes esferas ao redor do país

Moro e Bolsonaro (Divulgação/PR)
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As manchetes não param. Moro também não sai do noticiário. Sempre que pode, busca um holofote. E não existe essa história de “aguardando vaga para o Supremo Tribunal Federal(STF)”. Isso é conversa fiada, história da carochinha. Afinal de contas, quem em sã consciência atuaria de forma velada contra a pessoa que poderia lhe indicar para uma vaga no STF? Se Moro quer tanto o STF, por qual motivo ele trabalha contra o próprio chefe? E ainda digo mais! Por quais motivos ele corre de temas como a dos e que podem arranhar sua popularidade? O atual ministro já deixou bem claro que quer distância da Funai e do caso Marielle. Ele está preservando a popularidade, mas por qual motivo? Afinal de contas o STF não joga com os anseios da maioria, inclusive é bom que seja assim – embora exista gente lá que adore jogar para a torcida – é um tribunal técnico. Este sempre foi o objetivo máximo do Partido Lavajatista: tomar o poder nas mãos diferentes esferas ao redor do país. As reportagens do Intercept Brasil mostraram que o procurador Deltan Dallagnol almejava ver pelo menos um candidato da lava jato em cada estado. Mais uma vez esbarramos na fala de Rosângela Moro, a esposa do ex-juiz, Rosangela Moro disse em seu Instagram em fevereiro do ano passo: “Já estou iniciando HOJE campanha para 2022” Moro entrou no governo sempre com o objetivo de virar candidato, acreditava que Bolsonaro faria o que prometia, acabar com a reeleição ou então se eleger apenas uma vez, assim o ministro se colocaria como um sucessor natural da coisa toda. Bolsonaro cansou de propaganda que ficaria no cargo apenas um mandato. Mentiu. Foi aí que começou toda a trama do ministro contra seu próprio chefe. Ele foi enganado. Quem teve coragem e estômago para escutar a entrevista de Sérgio Moro ao escabroso programa Pânico da Jovem Pan, viu ali um verdadeiro candidato. Pode ser que Bolsonaro use o episódio da indicação ao STF para despachar Moro de duas maneiras. Indicando ele ou não indicando ele, no segundo caso ele iria impor mais uma humilhação ao ministro que pediria para sair, livre do Bolsonaro do ônus de ter que demiti-lo. Bolsonaro sabe que criou um monstro que agora é maior que ele mesmo, aos vai deixando de acreditar que uma indicação aduo STF irá contê-lo. Mas ainda acredita que deve mantê-lo próximo, dentro de seu governo. Seu Jair vive o inferno de ter um funcionário que não pode demitir e que se comporta como se fosse chefe do seu chefe. Em tempo: Impossível saber o que seria mais nocivo para a democracia, Moro no Planalto ou moro no STF. Independente de onde esteja Moro já mostrou seu desdém pela institucionalidade e pela Constituição. No STF poderia fazer uma dobradinha mortal com Roberto Barroso, porém no Planalto ele tentaria moldar a nação com sua visão doentia e autoritária de país. Não importa onde ele esteja, enquanto Moro tiver algum poder, ele sempre será um risco para a democracia e o Estado Democrático de direito. Me acompanhe no Twitter e Instagram e mantenha-se atualizado.
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