Quem estaria por trás da suposta conta de Alexandre Ramagem no Twitter?

A conta teria sigo registrada em um e-mail falso e pode ter envolvimento com o gabinete do ódio, que segundo a PF é comandada por Carlos Bolsonaro

Alexandre Ramagem (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Escrito en OPINIÃO el

Nas últimas horas uma conta no Twitter atribuída ao diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Alexandre Ramagem, favorito para assumir a direção da Polícia Federal após a saída de Maurício Valeixo, causou alvoroço nas redes ao ameaçar de forma velada o jornalista Glenn Greenwald, tuitando que “a PF voltará a investigar denúncias de venda de mandatos entre deputados e suplentes”.

A publicação foi feita um dia após o portal revelar detalhes da investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, a suspeita é de que o esquema de rachadinhas no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro financiou esquemas imobiliários da milícia carioca acusada de assassinar a vereadora Marielle Franco.

Colocando novamente a família presidencial no centro desse emblemático caso de duplo homicídio.

Esse colunista chegou a revelar o tuíte, mas apagou a publicação após informações de que a conta não seria de Ramagem. Minutos depois a conta foi apagada.

A conta teria sigo registrada em um e-mail falso e pode ter envolvimento com o gabinete do ódio, que segundo a PF é comandada por Carlos Bolsonaro.

A relação com o grupo criminoso que atua na disseminação de notícias falsas é ainda mais estridente quando percebemos que a “denúncia” é baseada em um boato infundado criado diretamente pelo Gabinete do Ódio, através do perfil no Twitter (já desativado) conhecido como “Pavão Misterioso”.

O boato, sem amparo algum na realidade dos fatos, criado pelo tal ‘Pavão’, alegava que o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL) teria vendido o seu mandato para o deputado David Miranda (PSOL-RJ) que é marido do jornalista Glenn Greenwald um dos editores do portal de jornalismo investigativo The Intercept Brasil.

A suposta conta foi tirada do ar pela própria rede social e tanto a ABIN quando a PF seguem sem se pronunciarem sobre o assunto.