A Nova Iorque que ninguém vê: mais de um milhão de pessoas já dependiam de programas sociais antes da pandemia

Diante da crise, o prefeito Bill de Blasio criou um programa emergencial para atender a população de baixa renda

Foto: Lukas Kloeppel/Freestock
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De acordo com o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, o número de mortes por coronavírus no estado, nesta segunda (13) é de 10.056.

Na cidade de Nova Iorque, o principal foco da doença, a maior parte dos contaminados são pessoas de baixa renda e a população negra. E, antes mesmo da pandemia do novo coronavírus assolar a cidade, 1.2 milhão de pessoas já dependiam de programas sociais para comer.

Diante da crise, o prefeito Bill de Blasio criou um programa emergencial para atender a população de baixa renda, que pode ser acessado via mensagem de texto e apresenta mais de 400 endereços que oferecem 3 refeições por dia. A iniciativa privada também contribui, como o restaurante de alto padrão Red Rooster, que fica no Harlem e está fechado para clientes, mas serve, de graça, 500 pratos por dia para ajudar a comunidade a passar por esse momento difícil.

Em Nova Iorque e em todos os estados dos EUA, a questão da saúde também é um problema. Não há serviço de saúde pública para atender a população e até chamar uma ambulância custa dinheiro. Se a pessoa ficar internada por três dias e não tiver plano de saúde, terá de desembolsar cerca de 30 mil dólares para pagar a conta do hospital.

O sistema de saúde dos Estados Unidos é polêmico, problemático e vem sofrendo alterações desde 2010, quando o então presidente Barack Obama instituiu o programa Obamacare. Atualmente, apenas pessoas abaixo da linha de pobreza e idosos são beneficiados gratuitamente pelo Medicare e Medicaid, que prestam apenas atendimentos mais simples e de emergência.