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hoje, economistas admitem que o salário mínimo é desumano e indigno, mas argumentam, com resignação, que o país iria à falência se pagasse um salário mínimo humano e digno.
ontem, cafeicultores admitiam que a escravidão era desumana e indigna, mas argumentavam, com resignação, que o país iria à falência se as lavouras fossem plantadas por pessoas assalariadas.
seja na época colonial ou no governo lula, o consenso entre as pessoas brasileiras que vivem em condições humanas e dignas é sempre o mesmo: o brasil só pode existir enquanto entidade política viável se mantiver grande parte das outras pessoas brasileiras em condições desumanas e indignas.
mas é viável uma entidade política que não consegue nem mesmo garantir condições humanas e dignas para a maioria de sua população?
nesse caso, existir para quê? existir para quem?
* * *
esse trecho faz parte do meu texto prisão patriotismo. (leia o texto inteiro aqui.)
as prisões são as bolas de ferro mentais e emocionais que arrastamos pela vida. são as ideias pré-concebidas, as tradições mal-explicadas, os costumes sem-sentido:
verdade // dinheiro // trabalho // privilégio // monogamia // religião // patriotismo // os outros // obediência // sucesso // felicidade // narcisismo
em junho, durante o feriadão de corpus christi, vai acontecer a segunda imersão as prisões, em uma fazenda na divisa rj-sp: vão ser quatro dias de trocar histórias, compartilhar vidas, debater perplexidades. quem comprar até 20 de fevereiro ganha r$200 de desconto. mas também rola vir de graça.
para saber mais sobre o projeto as prisões, clique aqui.
para saber mais sobre a imersão de corpus christi, clique aqui.
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