Vereadores de cidade catarinense querem que Netflix retire Round 6 de catálogo

A proposta do vereador Edson Freitas (MDB), do município de Içara, foi aprovada pela Câmara, enviada à plataforma de streaming, mas não obteve resposta

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A série sul-coreana Round 6 continua provocando polêmica. Os vereadores da cidade de Içara, em Santa Catarina, aprovaram o encaminhamento de um pedido para a Netflix, solicitando a retirada da atração do catálogo disponível para clientes no município.

A série tem indicação etária de 16 anos. Mesmo assim, o documento entende que “este tipo de conteúdo violento” pode impactar na saúde mental das crianças e adolescentes.

A proposta é do vereador Edson Freitas (MDB) e foi aprovada em votação na Câmara. A solicitação já foi enviada à Netflix. Porém, não houve resposta da plataforma de streaming, por enquanto.

“O conteúdo da série contém violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos e cenas de sexo, utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: ‘Batatinha frita 1,2,3’, ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ para assassinar a ‘sangue frio’ as pessoas que não atingem o objetivo final”, alega o documento.

“Há preocupação com esse tipo de série violenta que mistura brincadeira de crianças com crimes bárbaros. Além da facilidade com que as crianças acessam esse material, existe o impacto que este pode ter sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, especialmente daqueles que já se encontram, por algum motivo, fragilizados”, completam os vereadores.

Fenômeno

Round 6, um fenômeno dentro e fora da plataforma Netflix, tem provocado preocupações não só na cidade catarinense. A direção de uma escola do Paraná, assim como ocorreu na Bélgica, alertou mães e pais sobre o fato de seus filhos estarem consumindo e reproduzindo os jogos violentos da história em questão.

Na escola O Pequeno Polegar, onde os estudantes têm entre 8 e 10 anos, a direção notou que a série Round 6, indicada para 16 anos, está popular entre os alunos.

Por conta disso, a escola resolveu enviar um comunicado às famílias das crianças onde afirma que elas decidem o que é melhor, mas destaca que o conteúdo de Round 6 impõe “riscos psicológicos aos jovens”.