Avião que caiu com Marília Mendonça tinha cabo enrolado em hélice

No dia do acidente, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou que a aeronave havia se chocado com um cabo de uma torre de distribuição antes de cair a cerca de 300 km de Belo Horizonte

Avião em que estava a cantora Marília Mendonça | Foto: Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoCréditos: Corpo de Bombeiros
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A Polícia Civil de Minas Gerais encontrou um cabo enrolado em uma das hélices do avião bimotor que caiu e matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas na última sexta-feira (5).

No dia do acidente, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou que o veículo havia se chocado com um cabo de uma torre de distribuição antes de cair a cerca de 300 km de Belo Horizonte.

O delegado regional da Polícia Civil de Caratinga, Ivan Lopes Sales, disse, porém, que não dá para afirmar que o cabo encontrado enrolado no avião é o que se rompeu na torre de transmissão de energia da Cemig.

“É fato de que tem um cabo enrolado na hélice. Agora, a gente só vai poder afirmar que esse cabo é o cabo que se rompeu quando a perícia tiver o laudo pericial”, afirmou ao G1.

Os destroços da aeronave em que estava Marília Mendonça serão encaminhados ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (9) para que continuem as investigações. Já os motores irão para Sorocaba (SP), ainda sem horário definido.

“Em comum acordo com o Cenipa, definimos que a aeronave vai ser destinada ao Rio de Janeiro para que eles realizem a perícia. Se porventura a Polícia Civil achar necessário realizar outras perícias, ela [a aeronave] estará lá à disposição também”, informou o delegado.

Assessoria fala sobre nota que “confirmou” sobreviventes

assessoria de imprensa da cantora e compositora Marília Mendonça emitiu uma nota oficial para explicar o comunicado da última sexta-feira (5), divulgado logo após o acidente aéreo que tirou a vida da artista e de outras quatro pessoas, no qual afirmou que os ocupantes do avião tinham sobrevivido e que passavam bem.

A informação foi amplamente difundida pelos meios de comunicação momentos após as primeiras imagens do local da tragédia começarem a circular na internet e nas emissoras de TV. Naquele momento, como os jornalistas ainda tentavam apurar o que de fato havia ocorrido e qual era a situação dos ocupantes da aeronave, a “confirmação” desses assessores de que não existiam vítimas fatais no desastre aliviou a tensão de fãs, familiares e dos profissionais que cobriam o caso. Só que pouco tempo depois viria o banho de água fria: as autoridades de Minas Gerais confirmaram que não havia sobreviventes.

“Em conhecimento do acidente, a assessoria de imprensa da artista buscou informações de fontes confiáveis. Estas informaram que estaria tudo bem e que todas as pessoas estavam sendo conduzidas ao hospital, somente para realizar procedimento padrão”, diz inicialmente o comunicado.

“Passados menos de 20 minutos, as mesmas notificaram a equipe sobre a fatalidade. A notícia foi repassada, primeiramente, aos familiares das vítimas. Vale ressaltar que todas informações foram disponibilizadas sempre baseadas em fontes confiáveis. Em nenhum momento o equívoco foi intencional, sempre prezamos pela ética profissional e moral”, justificou a assessoria que cuidava da imagem da Rainha da Sofrência.