Blog criminoso prega morte de participantes negros do BBB; esposa de Douglas Silva aciona polícia

Site na internet divulga textos não assinados com ataques racistas e transfóbicos contra participantes do BBB22

Douglas Silva, Linn da Quebrada, Natália Deodato e Luciano Estevam, participantes do BBB, são alvo de ataques em blog criminoso (Reprodução)
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Está no ar, desde o último dia 21 de janeiro, um blog criminoso que contém textos pregando a morte de participantes negros e LGBTQIA+ do Big Brother Brasil 22.

Hospedado na plataforma WordPress, o blog divulga artigos com ataques aos participantes Douglas Silva, Natália Deodato, Linn da Quebrada e Luciano Estevam. Todos eles são pessoas negras.

O conteúdo das postagens é chocante. Em um dos textos, Douglas Silva é chamado de "macaco". "Este negro imundo deveria ser crucificado vivo, e, logo em seguida, ter seu corpo carbonizado. Não vejo sentido em colocarem um macaco imitador de circo na televisão. O lugar desse preto fedido é trabalhando no sol quente numa lavoura e levando chicotada do nosso amigo Capataz Sancto", diz um trecho do artigo criminoso.

Outro texto tem o seguinte título: "Como eu mataria a Natália Deodato, o cachorro dalmata do BBB22". Já a participante Linn da Quebrada, uma mulher trans, é chamada de "traveco" pelo autor do blog, que ainda sugere matá-la "com armas e bombas".

Nenhum dos textos é assinado por um autor específico.

Segundo matéria do Splash, do portal UOL, a esposa de Douglas Silva, Carol Silva, informou que registrará uma queixa contra o blog em questão na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), acompanhada do advogado do ator e de um representante da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Presidente da Comissão de Combate às Discriminações da Alerj, o deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ) comentou o caso através das redes sociais.

"Mais um ataque racista! Agora, com Douglas Silva, participante do #BBB22. Até símbolos da Ku Klux Klan foram usados. É degradante! A Comissão de Combate às Discriminações da Alerj, que presido, entrou nessa guerra. Temos que varrer esse racismo do Brasil", escreveu Minc.