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VÍDEO: Grazi Massafera enfurece bolsonaristas ao falar sobre "família tradicional"

A atriz se prepara para viver Arminda, vilã de “Três Graças”, próxima novela das 21h da Globo, escrita por Aguinaldo Silva

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Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
VÍDEO: Grazi Massafera enfurece bolsonaristas ao falar sobre "família tradicional"
VÍDEO: Grazi Massafera enfurece bolsonaristas ao falar sobre "família tradicional". Reprodução/ frame/ TV Globo

A próxima novela das 21h da Globo, “Três Graças”, já tem data de estreia: 20 de outubro. A trama terá a missão nada fácil de substituir o remake de “Vale Tudo”.

“Três Graças” é escrita por Aguinaldo Silva, coautor da versão original de 1988 de “Vale Tudo”, e traz como antagonista a vilã Arminda, interpretada por Grazi Massafera. A atriz participou, na manhã desta terça-feira (7), do programa “Mais Você”, apresentado por Ana Maria Braga.

Em determinado momento da entrevista, Grazi Massafera criticou o conceito do que muitos chamam de “família tradicional” — declaração que despertou a fúria de bolsonaristas nas redes sociais.

“Família tradicional: mamãe, papai, filhinho, amante”, disparou, entre gargalhadas, Grazi Massafera durante conversa com Ana Maria Braga. 

Confira o momento no vídeo abaixo:

 

"Três Graças", a nova novela da Globo 

Em “Três Graças”, nova novela das 21h da Globo escrita por Aguinaldo Silva, três gerações de mulheres da mesma família compartilham um destino doloroso: a gravidez solo na adolescência. De origem humilde e sobrenome Maria das Graças, Lígia (Dira Paes), sua filha Gerluce (Sophie Charlotte) e a neta Joélly (Alana Cabral) lutam para romper esse ciclo. Lígia é uma mulher doce, resiliente e de coragem admirável, que criou a filha sozinha após ser abandonada por Joaquim (Marcos Palmeira), um homem solitário e incapaz de assumir a paternidade.

Inspirada pela força da mãe, Gerluce cresce determinada a mudar sua história, mas o destino se repete. Jovem e trabalhadora, ela se apaixona por Jorginho Ninja (Juliano Cazarré), ex-líder de uma facção criminosa na comunidade fictícia da Chacrinha, em São Paulo. Do relacionamento nasce Joélly, criada apenas com o apoio de Lígia, já que o pai permanece preso. Quando a filha entra na adolescência, Gerluce faz de tudo para evitar que ela repita sua trajetória — mas o inevitável acontece: Joélly engravida aos 15 anos de Raul (Paulo Mendes), um rapaz rico e problemático, filho de Arminda (Grazi Massafera), patroa de Gerluce.

Raul é um jovem introvertido, viciado em drogas e endividado com Bagdá (Xamã), chefe do tráfico local. Apesar de amar Joélly, ele admite que não tem condições de assumir o bebê, deixando a garota devastada. Nesse momento difícil, Joélly encontra apoio em Kellen (Luiza Rosa), sua melhor amiga, filha do pastor Albérico (Enrique Diaz), que a ajuda a enfrentar a gravidez escondendo a verdade da mãe e da avó. Paralelamente, Gerluce descobre que sua patroa Arminda e o amante, o empresário Santiago Ferette (Murilo Benício), são responsáveis por um esquema criminoso: os remédios distribuídos pela Fundação Ferette à população carente estão adulterados com farinha.

Com a ajuda da amiga Viviane (Gabriela Loran), farmacêutica da comunidade, Gerluce enfrenta um dilema ético: até onde ir para reparar a injustiça? Entre o trabalho exaustivo, o cuidado com a mãe doente e as dificuldades da maternidade, ela luta para garantir um futuro melhor à filha, sem imaginar que o amor pode cruzar seu caminho. Seu envolvimento com Paulinho Reitz (Rômulo Estrela), um policial honesto que atua na região, traz esperança, mas também novos conflitos.

Enquanto isso, a comunidade da Chacrinha pulsa em histórias de resistência. Personagens como Misael (Belo) e Júnior (Guthierry Sotero) também enfrentam as consequências da corrupção de Arminda e Santiago. Joaquim, o avô ausente, vive isolado em seu ferro-velho interditado, carregando culpas do passado. No centro de tudo, a escultura neoclássica As Três Graças — que dá nome à trama — esconde dentro de si o dinheiro sujo da fundação e simboliza a hipocrisia de uma elite que finge fazer o bem enquanto destrói vidas.

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