Convicção e sem provas é pratica rotineira da Justiça na periferia

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O Ministério Público Federal denunciou Lula como comandante de um esquema de corrupção. Apresentou a denúncia de forma espetaculosa, com gráficos mal feitos e ampla cobertura da mídia hegemônica. Os promotores baseiam suas acusações nas suas "fortes convicções". Admitem não ter provas. Jovens negras e negros na periferia convivem com isto há tempos. Mas não são promotores engravatados que os denunciam. São policiais fardados. Não tem gráficos, apenas os berros das "autoridades". Também não passa na Globo. Quando muito, aparece nos telejornais do Datena ou congêneres. O que há de comum? Que tanto a acusação do Ministério Público como as ações da polícia na periferia são baseadas nas "fortes convicções". Provas não há. A queimação de filme do Lula e do PT vai dificultar muito a sobrevivência política de ambos. Mesmo que sejam inocentados. Este é o objetivo. A cara dos pretinhos na TV do Datena sendo presos (e condenados midiaticamente sem qualquer julgamento) vai dificultar que eles arrumem emprego depois, mesmo que sejam inocentados. Este é o objetivo, a exclusão. Acontece isto com os pretinhos porque a democracia não chegou na periferia. Lá ainda vigora verdadeiro estado de sítio com prisões ilegais, execuções extrajudiciais, invasões de domicílio sem mandado de busca. Acontece isto com Lula e o PT porque tivemos um golpe patrocinado pela mídia, judiciário e a direita do Congresso. Os golpistas não querem o PT disputando eleições com chances de vitória, muito menos o Lula. Os senhores engravatados do Ministério Público, com toda a sua "sapiência" tem muito a ver com os policias fardados que reprimem cotidianamente a população da periferia. Uma pena que muitos do PT e da esquerda em geral não percebem que deveriam estar mais próximos da periferia.