Dois vídeos agressivos: contra quem?

Onde está a agressividade da opressão? No discurso que defende políticas de inclusão ou no que chama os beneficiários eventuais de tais políticas de vermes?

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Nas duas últimas semanas circularam nas redes sociais dois vídeos que abordam a questão das cotas e ações afirmativas. O primeiro é de militantes do Coletivo Negro da USP, que tentam discutir em uma sala de aula, da Faculdade de Economia e Administração, a questão do acesso à universidade e a necessidade de implantação das cotas raciais. O segundo é de um jovem negro, simpatizante do Movimento Brasil Livre (que, entre outras coisas, defende a tese golpista do impeachment da presidenta eleita, além de várias outras bandeiras conservadoras). Em ambos os vídeos há posturas de agressividade. O primeiro é uma crítica dura e áspera contra a elitização da universidade e o tom agressivo sobre a recusa e resistência de pessoas quererem discutir ou refletir sobre isto. O segundo não é apenas uma crítica dura às cotas e ações afirmativas mas contra os próprios negros e negras que defendem ou se beneficiam desta política pública que são comparados a "vermes". Coloco estes dois vídeos para as pessoas refletirem. Onde está a agressividade da opressão? No discurso que defende políticas de inclusão ou no que chama os beneficiários eventuais de tais políticas de vermes? O fato da mídia hegemônica repercutir positivamente um (o do jovem do Movimento Brasil Livre) e negativamente o outro (dos militantes do Coletivo Negro da USP) já é um indicador. Coletivo Negro da USP passa em sala de aula na FEA Jovem negro do Movimento Brasil Livre: virulência contra as cotas