Bancada do PT quer sair das cordas com taxação sobre fortunas e Fator Previdenciário

Apesar de advogar em resoluções partidárias a taxação sobre grandes fortunas e mudanças no Fator Previdenciário, o PT não tinha acordo em atuar em bloco no Congresso para avançar com essas pautas.

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Do Escrevinhador A bancada do PT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal definiu colocar em discussão no Congresso os projetos de taxação de grandes fortunas e mudanças no Fator Previdenciário, em reunião com os relatores das Medidas Provisórias 664 e 665, nesta terça-feira (28/4). Assim, o partido pretende sair das cordas e defender duas bandeiras das centrais sindicais e movimentos populares, que são contra a aprovação das duas MPs, que acusam de retirar direitos trabalhistas e previdenciários. Participaram da reunião os líderes do governo na Câmara e no Senado, o deputado José Guimarães (PT-CE) e o senador Delcídio Amaral (PT-MS). O deputado Sibá Machado (PT-AC) e o senador Humberto Costa (PT-PE), líderes do PT na Câmara e no Senado, também estiveram presentes. Os relatores das MPs 664 e 665, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e senador Paulo Rocha (PT-PA), respectivamente, apresentaram as mudanças discutidas nos seus projetos. Os presidentes das comissões especiais que discutem o tema, o senador José Pimentel (PT-CE) e o deputado Zé Geraldo (PT-PA) contribuíram no debate com a bancada. A maior parte da bancada de deputados e senadores demonstrou descontentamento e apontou a insuficiência das alterações no projeto original. Assim, cobrou compromisso da liderança e do governo com projetos que atendam as demandas do movimento popular e tirem o partido da defensiva. Apesar de advogar em resoluções partidárias a taxação sobre grandes fortunas e mudanças no Fator Previdenciário, o PT não tinha acordo em atuar em bloco no Congresso para avançar com essas pautas. Agora, com a necessidade de manter a coesão das bancadas para aprovar medidas de interesse do governo, o partido promete levar a cabo a luta por iniciativas com apelo com as centrais sindicais e movimentos sociais.