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Do Escrevinhador*
O governo brasileiro voltou a criticar nesta quarta-feira (23/07) a ofensiva de Israel em Gaza e pediu a implementação de um cessar-fogo.
O governo chamou ao Brasil para consultas sobre a morte de civis na faixa de Gaza embaixador do país em Tel Aviv, Henrique Pinto. Esse procedimento é significativo, porque representa uma repreensão à violência de Israel.
O Itamaraty convocou o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, para dar explicações.
O governo israelense já manifestou repúdio à ação diplomática realizada pelo Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores, em comunicado (leia abaixo versão integral), considerou "inaceitável a escalada de violência entre Israel e Palestina" e condenou "energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza".
Este foi o segundo comunicado oficial do governo sobre o conflito desde que Israel lançou há duas semanas uma ofensiva contra o Hamas em Gaza.
Ao comentar o fato de a América Latina ser uma região pacífica, Dilma ressaltou que o Brasil defende a criação de dois Estados, um de Israel e outro da Palestina, e criticou o uso da violência.
Na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff condenou a ofensiva israelense ao território palestino controlado pelo grupo islâmico Hamas, na Faixa de Gaza.
“No Oriente Médio, por exemplo, estamos vivendo uma situação muito triste, para não dizer lamentável – é o que está ocorrendo na Faixa de Gaza. Porque estamos vendo pessoas perdendo a vida, saindo de suas casas. O Brasil defende que haja dois Estados e é contra a violência nos dois, tanto de Israel como da Palestina", afirmou a presidenta. Ela ressaltou, porém, que é "desproporcional" o ataque israelense à Faixa de Gaza, "com a morte de mulheres e crianças e civis em geral”.
Nos 16 dias que duram as hostilidades, pelo menos 655 palestinos e 35 israelenses perderam a vida e há registros de 4,3 mil feridos.
Abaixo, leia a nota do Ministério das Relações Exteriores