Brasileiros viram os donos do Burger King

Enquanto Serra bate na porta dos quartéis e dos aliados golpistas na mídia, o capitalismo brasileiro vai às compras nos EUA. O Brasil cresceu. Ficou um pouco menos injusto. Perdeu o medo. Um grupo empresarial brasileiro é agora dono do Burger King - uma das cadeias de fast-food mais populares dos EUA.

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Enquanto Serra bate na porta dos quartéis e dos aliados golpistas na mídia, o capitalismo brasileiro vai às compras nos EUA. O Brasil cresceu. Ficou um pouco menos injusto. Perdeu o medo. "Folha" e "Estadão", tão preocupados em alimentar o golpe, não deram bola para o fato, mas nos portais não-alinhados à velha mídia (comoTerra e IG), a notícia ganhou destaque: um grupo brasileiro é agora dono do Burger King - uma das cadeias de fast-food mais populares dos EUA. Contra Serra, não há apenas um presidente popular, e que distribuiu renda. Contra Serra, não há apenas movimentos sociais e sindicatos dispostos a ir pra rua dizer não ao golpismo. Contra Serra, há um novo arranjo do capitalismo brasileiro. Os tucanos paulistas perderam o bonde da história. === Brasileiros compram Burger King por R$ 7 bilhões do IG A empresa de investimentos 3G Capital, do trio de investidores brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, comprou nesta quinta-feira por US$ 4 bilhões (equivalente a R$ 7 bilhões) o Burger King, a segunda maior rede americana de fast food. A 3G Capital vai pagar US$ 24 por ação da Burger King Holdings, o que representa um prêmio de 46% sobre o valor da ação antes dos recentes rumores de mercado. Na quarta-feira, as ações da empresa já haviam dispardo 23%, para US$ 23,20, após a notícia ter sido revelada por jornais americanos. O atual presidente do Burger King, John Chidsey, ficará no cargo durante o perído de transição. Depois disso, ele assume um cargo de co-presidente do conselho da empresa, ao lado do brasileiro Alexandre Behring, diretor administrativo da 3G Capital. O trio de investidores brasileiros controla a Anheuser-Bush Inbev, a maior cervejaria do mundo, as Lojas Americana e a América Latina Logística (ALL), principal concessionária de ferrovias do Brasil. Juntos, eles têm uma fortuna avaliada em US$ 21 bilhões, segundo levantamento da revista Forbes. Em queda O Burger King desacelerou em relação ao principal rival, o McDonald's, e outras cadeias de fast food, em meio às altas taxas de desemprego que atingem sua base de consumidores. Na semana passada, a companhia afirmou ver fraca demanda no atual ano fiscal em decorrência do lento ritmo de recuperação econômica nos EUA e dos programas de austeridade fiscal em diversos países da Europa. O Burger King é considerado a segunda maior rede de fast food do mundo, atrás apenas do McDonald's. São mais de 12 mil lojas espalhadas por todos os estados americanos e em 76 países. Aproximadamente 90% das lojas operam num sistema de franquias.No Brasil, o Burger King chegou em 2004, e as primeiras lojas foram inauguradas em São Paulo e em Brasília.