CBF vai de Aécio. Aécio ama a CBF

Um conflito que antes se restringia aos bastidores se tornou público nesta semana, após a goleada de 7 a 1 para a Alemanha e a eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo. De um lado, a CBF. Do outro, o governo federal. No meio de toda essa tensão, os ataques vindos de Brasília que devem fazer a entidade intensificar a partir do próximo mês a campanha pró-Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições presidenciais de outubro.

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Por Marcus Alves e Paulo Cobos, no ESPN.com.br Um conflito que antes se restringia aos bastidores se tornou público nesta semana, após a goleada de 7 a 1 para a Alemanha e a eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo. De um lado, a CBF. Do outro, o governo federal. No meio de toda essa tensão, os ataques vindos de Brasília que devem fazer a entidade intensificar a partir do próximo mês a campanha pró-Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições presidenciais de outubro. A sugestão feita pelo Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, de que o Estado poderia intervir no futebol brasileiro com o resultado da última terça-feira surpreendeu e não pegou nada bem entre os dirigentes. O chefe de delegação do time comandado por Luiz Felipe Scolari, Vilson Ribeiro de Andrade, saiu em defesa e classificou como "oportunista" as mudanças estruturais sugeridas pelo parlamentar. "Foi totalmente oportunista e veio num momento inadequado. Depois de uma derrota de 7 a 1, num momento de reflexão, não funciona assim. É o tipo de solução que não resolve nada. Gostaria de perguntar apenas o que esse governo do PT fez pelo esporte amador. Quantas medalhas ganhamos na última Olimpíada? Geralmente, onde o Estado põe a mão, 99,9% não dá certo, o retorno é zero", afirma Vilson Ribeiro ao ESPN.com.br. A insatisfação do dirigente era ainda maior porque ele e Rebelo estiveram lado a lado durante o fiasco brasileiro, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. No encontro, os dois conversaram, inclusive, sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, cujas discussões se encontram paradas no Plenário da Câmara, em Brasília, e contam com grande interesse dos clubes. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, curiosamente é favorável ao projeto que renegocia a dívida das equipes e estabelece novas responsabilidades para seus representantes. Guido Mantega, da Fazenda, é acusado, por oturo lado, de estar travando o andamento da proposta. Até por conta disso, as declarações de Rebelo foram vistas como traição dentro da CBF. "Eu sempre defendi que o Estado não fosse excluído por completo do futebol", disse na quinta-feira. "Se depender de mim, não teríamos tirado o Estado. Se depender de mim, parte dessa atribuição pode voltar", prosseguiu. Ele acabaria recuando e explicando depois se tratar apenas de uma fiscalização. A presidente Dilma Rousseff, em entrevista à emissora CNN, também defendeu mudanças. Outra parte interessada no fogo cruzado, o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), autor do projeto, acredita que a goleada sofrida pela seleção pode abrir as portas para a retomada das conversas que envolveriam a entrada de Rebelo. "Esse 7 a 1 está provocando um movimento positivo que nos anima. Vejo tudo isso como uma luz no fim do túnel. É como dizem: há males que vêm para o bem", analisa o deputado. A reportagem tentou contato com vice-presidente da CBF na região Centro-Oeste, Weber Magalhães, um de seus principais lobistas em Brasília. Ele atendeu as ligações, mas não retornou mais. --------------------------------------------------

Aécio ama a CBF

Por Juca Kfouri, em seu blog Aécio Neves é amigo de José Maria Marin e o homenageou, escondido, no Mineirão. Deu-se mal porque o que escondeu em sua página na internet, Marin mandou publicar na da CBF. Aécio também é velho amigo de baladas de Ricardo Teixeira e acaba de dizer que o país não precisa de uma “Futebras”, coisa que ninguém propôs e que passa ao largo, por exemplo, das propostas do Bom Senso FC. Uma agência reguladora do Esporte seria bem-vinda e é uma das questões que devem surgir neste momento em que se impõe um amplo debate sobre o futuro de nosso humilhado, depauperado e corrompido futebol. Mas Aécio é amigo de quem o mantém do jeito que está. Não está nem aí para os que reduziram nosso futebol a pó.