Globo quer entregar o poder ao contador de Al Capone

Escrito en BLOGS el
por Rodrigo Vianna Imaginemos que Al Capone comprou metade de Chicago. Corrompeu metade da Câmara Municipal, tem na mão prefeito, ex-prefeitos, juízes e boa parta de imprensa. Aí um grupo "heroico" de policiais e promotores decide se aliar ao diário The Globe - no qual Al Capone despejou anúncios por anos e anos - para emparedar o mafioso. Al Capone, esperto, topa fazer delações. Entrega todo mundo: mistura verdade com mentira. Oferece gravações e ilações. Tudo misturado. A pantomima mafiosa inclui vazar um áudio editado, onde partes da conversa entre o mafioso e o prefeito corrupto foram deliberadamente editadas. The Globe não quer saber disso. Quer a cabeça do prefeito pra colocar no lugar alguém ainda mais subserviente ao diário e aos bancos locais. Os promotores e a presidenta do Tribunal em Chicago jogam em tabelinha para proteger Al Capone e inviabilizar o sistema político da cidade (que era corrupto, sim; mas ao menos oferecia aos cidadãos a possibilidade de intervir nos debates e escolher: a cidade deve ter mais escolas ou mais shopping centers? mais dinheiro de impostos para programas sociais ou para financiar bancos e jornais quebrados?) Promotores prometem a Al Capone a liberdade. Está feito! Done! O chefe mafioso embolsa uma grana e vai curtir a vida em Nova York, acompanhado da mulher jornalista, enquanto Chicago pega fogo. Para completar, The Globe tem uma ideia brilhante: "a política está morta! Chicago deve ser governada por um "técnico". O povo não deve ser ouvido. Escolhemos nós, os homens de bem!" A conclusão de todo o processo de "limpeza" é simples: o novo prefeito será... o contador de Al Capone! Ou então, quem sabe, a juíza que ajudou Al Capone e The Globe a criarem a narrativa do fim da política. *** É disso que se trata, amigos. Henrique Meirelles, um dos candidatos da Globo na eleição indireta que viria com a queda de Temer, foi funcionário da JBS. E usemos a palavra certa. Joesley safadão não é empresário. É um Al Capone! O sotaque e a espertez "caipiras" escondem o apetite brutal pelo poder e a riqueza feita de forma bandida. O safadão é um mafioso, mas em vez de gangsteres portando metralhadoras e com capas de chuva até as canelas, o dono da JBS usa como capangas seus advogados, operadores, jornalistas de estimação e contadores. A Globo quer colocar no poder o homem que foi contador de Al Capone?